A Secretaria Estadual de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária (Seara)  enviou há cerca de duas semanas, à Agência Nacional do Petróleo (ANP), um laudo  apontando que a área onde está localizada a estação coletora “Estreito B” fica  no território de Carnaubais. O resultado confirma um primeiro laudo, produzido  em maio por técnicos da secretaria e do IBGE, e só acirra a disputa entre o  município contemplado e Assu, pela posse de comunidades e poços de petróleo no  limite entre as duas cidades.
O prefeito de Carnaubais, Luizinho Cavalcante, comemora a conclusão do laudo e  espera que a prefeitura volte a receber os recursos de royalties do petróleo  produzido pela estação coletora, que, segundo ele, totaliza até R$ 150 mil por  mês e que há cerca de três anos estaria sendo pago indevidamente ao município de  Assu. Já o prefeito de Assu, Ivan Júnior, nega que tenha havido transferência de  royalties a favor de seu município, mas promete entrar na Justiça pelo direito  aos recursos da região.
“Estamos entrando judicialmente. Esse laudo da  Seara é o mesmo de antes, que já havíamos contestado. A Seara ficou mantendo a  questão em ‘banho-maria’ e, por isso, decidimos acionar a Justiça. Estamos  contratando um especialista em georreferenciamento e vamos apresentar os dados  técnicos que provam que a área pertence a nosso município”, afirma Ivan  Júnior.
Questionado sobre o que achava do laudo da Seara, o prefeito de  Assu foi claro: “O governo é contra a gente.” Ele pertence a um grupo de  oposição a Iberê Ferreira de Souza, ao contrário de  Luizinho Cavalcante, aliado  político do governador. Ivan Júnior garante que a cidade de Assu tem direito a  receber os royalties dos poços da região de Mutambinha e Vila Nova, mas nega que  isso já tenha sido obtido junto à ANP. A agência informou em maio, através de  sua assessoria, que de fato não houve transferência dos direitos sobre os  royalties entre os dois municípios.
Fonte: Tribuna do Norte
 

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