
O "Escândalo dos Gafanhotos", segundo denúncia do Ministério Público Estadual, consistia na concessão de gratificação de representação de gabinete - primeiro na Vice-governadoria e depois na Governadoria - a pessoas alheias ao serviço público, muitas das quais sequer tinham conhecimento de que cheques salários estavam sendo emitidos em seus nomes constituindo-se num "forte esquema de desvio de recursos". Os réus são acusados de peculato eformação de quadrilha.
O deputado Luiz Almir - que na época era vereador em Natal - afirmou ao desembargador Caio Alencar que "amigos" da Zona Norte pediam que arrumasse emprego e ele encaminhava os pedidos a políticos conhecidos, como o senador Garibaldi. Ele sugeriu, então, ao desembargador Caio Alencar, que poderia perguntar a Garibaldi que ele poderia confirmar. Luiz Almir acrescentou que nunca foi ordenador de despesas e o que fazia era apenas pedir emprego para as pessoas conhecidas, não tendo qualquer interferência sobre se as pessoas efetivamente trabalhavam ou quanto elas recebiam.
O senador Garibaldi afirmou, ontem, que atenderá a intimação, mas terá pouco a acrescentar porque tomou conhecimento das denúncias quando foram veiculadas pela imprensa. "Acredito que não tenho muita contribuição a dar porque não tenho detalhes de nada", afirmou.
Em dezembro, a Justiça proferiu a primeira sentença relativa ao "Escândalo dos Gafanhotos" condenando Fernando Freire a devolver R$ 5,5 milhões aos cofres públicos e à suspensão dos seus direitos políticos pelo período de oito anos na ação de improbidade número 001.05.026971-3. O ex-governador tem até o dia 25 para recorrer. Diário de Natal
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