Em toda a sua preparação e durante a Copa do Mundo na África do Sul, a seleção brasileira se esforçou em adotar uma filosofia diferente da utilizada em 2006. Por ironia, o resultado foi o mesmo: derrota para uma seleção europeia e eliminação nas quartas de final. No lugar da França, o algoz foi a Holanda. E Sneijder tomou de Henry o posto de carrasco, participando do lance do primeiro gol e marcando o segundo na vitória por 2 a 1, de virada, nesta sexta-feira.
Pelo futebol que apresentou durante o primeiro tempo, ficou a impressão de que seria mais uma vitória brasileira. A seleção dominou a Holanda, marcou seu gol (com Robinho) logo no início, criou lances bonitos e foi pouco ameaçada. A partida após o intervalo, no entanto, foi outra. O Brasil falhou na defesa, seu setor mais elogiado, esteve acuado, quase não chegou ao ataque e demonstrou instabilidade emocional.
É um resultado que ninguém esperava. Sempre citamos que o grupo estava bastante confiante naquilo que vinha fazendo ao longo de três anos e meio, unido. Mas o futebol tem dessas coisas, o mundo não acaba (pausa). Acho que no futebol são 11 contra 11, no segundo tempo eles mereceram pelo resultado – disse, em entrevista à TV Globo.
O goleiro reconheceu a falha no lance que originou o primeiro gol da Holanda, acho que o primeiro gol deu um baque na equipe. Foi um lance em que eu acabei um pouco de dúvida com o Melo, errei a bola, mas são coisas que acontecem. Temos de sair de cabeça erguida, a cobrança no Brasil vai ser grande. Valeu pela Copa do Mundo, valeu por ter chegado até aqui. Fica a tristeza de todos, podem ter certeza. Estou aqui falando pelo grupo, colocando a cara para bater, porque estávamos muito confiantes no hexa – disse.
Depois da bela assistência para o gol de Robinho no primeiro tempo e da virada da Holanda após marcar o segundo gol, Felipe Melo mostrou seu desequilibrio justamento onde todos temiam, em um momento decisivo para Seleção, aos 28 minutos do segundo tempo após cometer falta em Robben, Felipe deu um pisão no craque Holandez. Com eliminação do Brasil, aquela que até então era a grata surpresa passou a ser a triste rotina.
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