De acordo com informações do último boletim epidemiológico de dengue divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), o Rio Grande do Norte contabiliza 6.294 casos da doença. Os novos dados somam os registros da última semana - de 12 a 18 de setembro de 2010.
Ao todo, 17 municípios tiveram casos diagnosticados. Os maiores índices foram registrados na capital, Natal, com 3.248 notificações. Pau dos Ferros, com 510; Jardim do Seridó, com 155; Parelhas, 150; Marcelino Vieira, 131 e Santa Cruz, 106, também estão na lista da Sesap dos mais atingidos.
O material divulgado pela Sesap, contudo, não atualiza as informações sobre os óbitos causados pela doença. No boletim anterior, publicado há cerca de um mês, dizia-se terem sido confirmadas três mortes causadas pela dengue. Além delas, a subcoordenadora da Vigilância Epidemiológica da secretaria, Juliana Araújo, informou que os índices podiam chegar a 15.
Isto porque, além dos três óbitos confirmados - dois pela virose e um por complicações no tratamento - outros 12 estavam sob suspeita. Na época, o estado contabilizava 5.232 casos de dengue. Com a crescente no número de ocorrências, a secretaria pede que a população redobre a atenção, principalmente, evitando o acúmulo de lixo e água parada e limpando as caixas d’água e calhas dos telhados.
Em Natal, cidade mais atingida, é possível agendar visitas de agentes de saúde através do telefone 0800 281 40 31. Nos demais municípios, as pessoas podem solicitar atendimento do tipo junto às secretarias municipais de Saúde. A prevenção ao mosquito é fundamental para conter o avanço da dengue no estado.
O RN foi enquadrado como um dos nove estados com alto risco de epidemia, de acordo com levantamento realizado pelo Ministério da Saúde. Além do RN, Alagoas, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e São Paulo encontram-se na mesma situação. Em nível ainda mais grave, com risco muito alto de epidemia, aparecem Amazonas, Amapá, Maranhão, Ceará, Piauí, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Rio de Janeiro.
A ferramenta utilizada para o levantamento foi o chamado “Risco Dengue”, que leva em consideração cinco critérios básicos. Destes, três compõe as competências do setor de saúde: incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação pelo mosquito Aedes aegypti e tipos de vírus da dengue em circulação. Ainda há um fator ambiental – cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo; e outro demográfico – densidade populacional.
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