Quando chega o inverno, o assunto do dia em Macaíba, Região Metropolitana de Natal, são as enchentes do Rio Jundiaí. Com as chuvas dos últimos dias, os olhares da população se viraram para a Barragem de Tabatinga, localizada na extensa zona rural do município (70% de sua área demográfica).
O temor dos macaibenses é que o nível de água elevado da barragem provoque um transbordamento. Muita gente teme que a obra, que ainda não está concluída, não suporte o volume d’água proveniente das cabeceiras de outros açudes de municípios vizinhos.
Para sua conclusão, ainda faltam os reservatórios à jusante da barragem, bem como o desassoreamento do rio Jundiaí, informou Luiz Antônio Lacerda, presidente do Sindicato do Comércio de Macaíba (Sindicomércio), um dos principais entusiastas da obra da barragem.
Foi atendendo os apelos da população, que a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) autorizou a abertura de uma comporta na manhã da última quinta-feira, 27.
Segundo informações, a barragem de Tabatinga encontra-se com pouco mais de 9 mil metros cúbicos de água, o que equivale a 10% de sua capacidade. Quando ocorre enchente, as áreas mais atingidas são o Conjunto Tavares de Lyra (ou Conjunto Caranguejo), Rua do Mosquito, Avenida Jundiaí e Rua Professor Caetano, estas aglutinam grande número de estabelecimentos comerciais.
Mas, para qualquer benefício, há um preço alto a se pagar. Para a efetivação da Barragem de Tabatinga, pelo menos duas comunidades rurais foram sacrificadas: Sucavão dos Custódios e Betúlia. Esta última, segundo relatos, ainda há cerca de dez famílias que relutam em ficar na comunidade. “São pessoas idosas que querem ficar por lá, mesmo”, disse José Vieira, ex-morador de Betúlia, que agora reside no Sítio Cajarana, comunidade que também é próxima à barragem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário