A opinião dos parlamentares federais e estaduais do Rio Grande do Norte em relação aos 100 dias de administração da governadora Rosalba Ciarlini é divergente.
Os parlamentares governistas, claro, saem em defesa do governo de Rosalba. Já os da oposição avaliam que Rosalba não apresentou “nada de Novo” nesses 100 dias de gestão.
Ricardo Motta - O Presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado estadual Ricardo Motta (PMN), observa que os primeiros 100 dias de gestão foram para “arrumar a casa”.
“Esse período foi para arrumar a casa, para colocar o Estado dentro da legalidade, já que o que se encontrou foi um grande rombo financeiro”, diz Motta.
E acrescenta: “A governadora e sua equipe empreenderam todos os esforços para viabilizar a construção da Arena das Dunas e assegurar a realização da Copa em Natal. E contou com o apoio irrestrito da nossa Assembleia Legislativa que, por unanimidade, aprovou a inclusão de um percentual dos royalties no fundo garantidor da parceria público privada do novo estádio”.
Raimundo Fernandes - O deputado Raimundo Fernandes (PMN) segue a linha de político aliado e destaca que nos primeiros 100 dias o Governo adotou medidas moralizadoras para toda população.
O parlamentar cita a anulação do decreto que criava a inspeção veicular obrigatória, onde anualmente todos os proprietários de veículos, independente da idade da frota iriam pagar um imposto pela inspeção superior a R$ 130.
“Concordo também com a medida de cancelar os convênios dos municípios. O Governo anterior fazia convênio de R$ 800 mil com os prefeitos que eram aliados e de R$ 100 mil para os que não eram aliados. Na hora que o prefeito achava conveniente aderir a Rosalba (então candidata) o Governo cancelava o convênio”, diz Raimundo Fernandes.
Fábio Dantas - O deputado oposicionista, Fábio Dantas (PHS), define como “improviso” o trabalho realizado nos 100 primeiros dias de gestão Rosalba Ciarlini. “O Governo não tem ações concretas. Está se baseando apenas em olhar no retrovisor. O principal marco é a falta de preparo para governar o Estado”, afirma o parlamentar.
Ele cita como “improviso” as incertezas sobre o secretariado de Rosalba Ciarlini na véspera do anúncio. “Ela não tem plano para governar. Os secretários estão fazendo um estágio de seis meses para serem secretários. Não há planejamento. É o excesso do improviso. Tudo nesse Governo é amanhã”, frisa Fábio.
O deputado do PHS lamenta o fato de não haver ainda um calendário anual de pagamento para o funcionalismo público.
Fernando Mineiro - Também de oposição, o deputado estadual Fernando Mineiro (PT) observa que o Governo Rosalba Ciarlini ainda precisa mostrar a que veio.
“Estou sentindo na sociedade que há uma expectativa para que o Governo comece, concretamente, a administrar, dando respostas as demandas da sociedade”, enfatiza Mineiro.
Bancada federal
Na avaliação dos 100 dias de Governo Rosalba Ciarlini, a bancada dos deputados federais do Rio Grande do Norte também está dividida.
Fátima Bezerra - Para a deputada federal do PT, Fátima Bezerra, a governadora não apresentou “nenhum projeto de Governo”.
Fátima diz que não viu “qualquer novidade” na gestão de Rosalba. “Nesses 100 dias a governadora passou olhando para o retrovisor e esqueceu de colocar os pés no presente. A sensação é de que falta um compromisso, um projeto de governo”, afirma a parlamentar petista.
Ela avalia ainda que a governadora tem dado sinais de continuidade em alguns projetos e programas deixados pela gestão passada. “Programas que tem como sustentação financeira, basicamente, o Governo Federal”, destaca Fátima Bezerra.
Henrique Alves - O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB) analisa que a governadora “começou bem”, mas precisa deixar de olhar para o retrovisor e criticar os antigos opositores.
“A governadora começa bem, com cautela, com o cuidado necessário. Esse é um início de administração que não é de continuidade, ela (Rosalba Ciarlini) foi eleita com a bandeira da oposição”, afirma Henrique.
O líder peemedebista afirma que se tivesse que fazer uma sugestão para a governadora diria para ela não ficar olhando o que fizeram ou deixaram de fazer.
“Ela deveria esquecer o retrovisor, até porque pode ter o apoio dos que fizeram ou deixaram de fazer. O governante tem que exercer liderança ampla. Ela (a governadora) pode ter o apoio dos que não votaram nela. Para isso tem que esquecer o retrovisor e conquistar a simpatia daqueles que por razões justas não votaram nela, mas poderão se unir em torno de um projeto administrativo”, diz Henrique Eduardo.
Felipe Maia - O deputado federal Felipe Maia(DEM) afirma que é natural o início de administração onde seja necessária adequar uma linha de atuação.
“Rosalba tem feito isso no momento em que encontrou uma situação precária financeira com necessidade de ajuste nos setores. Ela tem tomado ações para o desenvolvimento do Estado e já vem mostrando a forma de administrar”, avalia o parlamentar.
Felipe Maia pondera que é natural o governante ter pelo menos um ano para começar a mostrar o estilo de governar e executar os projetos. “Mas a governadora Rosalba bem antes de um ano vai colocar o Estado em ordem. Entendo as dificuldades que ela enfrenta e já vejo gestões e atitudes para investir na educação, saúde e realização da Copa de 2014”, enfatiza Felipe Maia.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
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