Pouco mais de quatro anos após a morte do menino João Hélio, que morreu arrastado pelo lado de fora de um carro no Rio, em 2007, Ezequiel Toledo da Silva, que era o único menor na época do crime, recebeu esta semana o benefício da liberdade assistida. Detido pouco depois do assalto que terminou na morte da criança, ele cumpriu três anos de medida socioeducativa e, ano passado, passou para o regime de semiliberdade, em um Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (CRIAAD), abrigo para infratores, no Norte do estado.
Segundo o Tribunal de Justiça (TJ-RJ), no sistema de liberdade assistida, o jovem fica em liberdade e recebe acompanhamento pela equipe da Vara da Infância e da Juventude. Depois de seis meses é feita uma reavaliação para saber se ele está bem, se for o caso, o processo é extinto. Do contrário, o jovem continua com tratamento psicológico. Dependendo da situação, ele pode voltar a ser internado.
O pedido foi feito pela defesa do jovem e teve apoio da equipe técnica, em contrapartida com a posição do Ministério Público, que pedia a manutenção do regime de semiliberdade.
Na decisão, o juiz Marcius da Costa Ferreira, da Vara da Infância e da Juventude, afirma que ele já deveria ter sido reavaliado e só não o foi porque a Justiça buscava “a real situação social do jovem”.
Relembre o caso

O corpo do menino, com o crânio esfacelado, foi encontrado junto ao carro abandonado pelos bandidos na Rua Caiari. O Corsa foi deixado estacionado e fechado pelos bandidos, que foram vistos por moradores, caminhando tranqüilamente em direção à Praça Três Lagoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário