Não bastassem os indícios da prática de cartel dos revendedores de combustíveis, o natalense agora tem que conviver com o controle de preços da água mineral por revendedores, conforme denunciou ontem o comerciante Romon Schmidt, popularmente conhecido como Gringo, no bairro de Neópolis. Segundo ele, algumas distribuidoras estão pressionando os comerciantes a praticarem um preço único, sem levar em consideração a livre concorrência de mercado. Quem se nega a comungar com essa prática e se aventura a vender mais barato está sofrendo represálias e passando a conviver com ameaças anônimas à integridade física, como foi o seu caso.
Ainda nervoso devido às ameaças, Romon Schmidt conta que após baixar o preço do produto da marca Santa Maria começou a ser pressionado por outros vendedores de água e, em seguida, pela própria direção da distribuidora para aumentar o valor do garrafão vendido por ele de R$ 3,50 para R$ 4,50. Após se recusar a aumentar os preços, eleconta que passou a ter o fornecimento boicotado por essa distribuidora. "Estão me boicotando de vender a água. Os únicos produtos que estou recebendo são da Sterbom e Cristalina", disse ele, completando que esta semana também sofreu ameaças ao ser abordado em sua bicicleta por um homem desconhecido armado com um revólver. Além disso, conta ele, chegaram a arrancar da frente de sua residência uma faixa com a propaganda da promoção no valor da água mineral.
Sentado numa bicicleta velha já surrada pelo desgaste do serviço, diariamente o Gringo vende cerca de 100 garrafões de água no bairro, o que lhe dá margem para baixar o preço como forma de garantir mais fregueses. "Se eu baixar o preço vendo mais, esse é um direito à livre concorrência. Não preciso ganhar mais de R$ 0,50 centavos no produto, o que tiro já me dá uma renda em torno dos R$ 1.500 ao mês. Vender com uma margem de lucro de R$ 1 é um exagero", diz ele.
Outro lado
Entrevistado pela reportagem, o proprietário da empresa Santa Maria e presidente do Sindicato das Indústrias de Bebidas e Águas Mineirais do Rio Grande do Norte (Sincramirn), Roberto Serquiz, negou a existência de cartel da água mineral, mas reconheceu ter ligado para o comerciante na tentativa de orientá-lo sobre a prática do preço de mercado. "Não liguei para pressioná-lo a nada, apenas para dizer que se continuar praticando esses preços, vai prejudicar os demais comerciantes e, ele mesmo, vai chegar ao ponto de não mais suportar", disse ele dizendo que isso não é cartel porque, dependendo da marca, existe água mineral de todo preço no mercado.
"É só fazer uma pesquisa em alguns pontos de venda que vai se verificar diversos preços, variando de R$ 3 a R$ 4,50 o valor do garrafão. Se é cartel, o preço deveria ser combinado e igual para todos. O que acontece é que cada marca tem sua margem de lucro, custos e realidade de mercado".
Roberto Serquiz também negou estar boicotando o fornecimento do produto ao comerciante, embora disse que se fizesse isso não estaria cometendo nenhuma irregularidade. "É anticomercial, mas tenho o direito de até negar a venda a ele, se quiser. Porque o problema é que ele pegou a nossa marca, que é forte no mercado, e puxou o preço pra baixo para dizer que é barateiro, ganhando apenas 50 centavos. Do mesmo jeito que ele vende pelo preço que quer, também temos o direito de orientá-lo porque está praticando um valor que está prejudicando todos os demais comerciantes", alega Serquiz.
Sentado numa bicicleta velha já surrada pelo desgaste do serviço, diariamente o Gringo vende cerca de 100 garrafões de água no bairro, o que lhe dá margem para baixar o preço como forma de garantir mais fregueses. "Se eu baixar o preço vendo mais, esse é um direito à livre concorrência. Não preciso ganhar mais de R$ 0,50 centavos no produto, o que tiro já me dá uma renda em torno dos R$ 1.500 ao mês. Vender com uma margem de lucro de R$ 1 é um exagero", diz ele.
Outro lado
Entrevistado pela reportagem, o proprietário da empresa Santa Maria e presidente do Sindicato das Indústrias de Bebidas e Águas Mineirais do Rio Grande do Norte (Sincramirn), Roberto Serquiz, negou a existência de cartel da água mineral, mas reconheceu ter ligado para o comerciante na tentativa de orientá-lo sobre a prática do preço de mercado. "Não liguei para pressioná-lo a nada, apenas para dizer que se continuar praticando esses preços, vai prejudicar os demais comerciantes e, ele mesmo, vai chegar ao ponto de não mais suportar", disse ele dizendo que isso não é cartel porque, dependendo da marca, existe água mineral de todo preço no mercado.
"É só fazer uma pesquisa em alguns pontos de venda que vai se verificar diversos preços, variando de R$ 3 a R$ 4,50 o valor do garrafão. Se é cartel, o preço deveria ser combinado e igual para todos. O que acontece é que cada marca tem sua margem de lucro, custos e realidade de mercado".
Roberto Serquiz também negou estar boicotando o fornecimento do produto ao comerciante, embora disse que se fizesse isso não estaria cometendo nenhuma irregularidade. "É anticomercial, mas tenho o direito de até negar a venda a ele, se quiser. Porque o problema é que ele pegou a nossa marca, que é forte no mercado, e puxou o preço pra baixo para dizer que é barateiro, ganhando apenas 50 centavos. Do mesmo jeito que ele vende pelo preço que quer, também temos o direito de orientá-lo porque está praticando um valor que está prejudicando todos os demais comerciantes", alega Serquiz.
DN Online
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