terça-feira, junho 14, 2011

Greve de médicos na maternidade de Parnamirim


A deflagração da greve dos 60 obstetras e pediatras vai reduzir de 400 para 100 o número de partos realizados mensalmente na Maternidade Divino Amor, em Parnamirim. Embora tenham chegado a um acordo quanto à remuneração pelo plantão de 12 horas, que passaria de R$ 600,00 para R$ 919,00, os médicos entraram em greve ontem porque não aceitam a proposta da Prefeitura de Parnamirim do pagamento ser feito  por intermédio da cooperativa médica, em virtude da folha de pessoal já estar dentro do limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O secretário municipal de Saúde, Marciano Paizinho, explicou que os profissionais em greve comprometeram-se em prestar 30% do atendimento, como manda a lei de greve.

Os médicos também reivindicam a implantação de um plano de carreira e a realização de concurso público, o qual, segundo o próprio Paizinho admitiu, "não é realizado há dez anos".


O presidente do Sindicato dos Médicos, Geraldo Ferreira, confirmou que, a partir das 11 horas de hoje, os médicos participam de um ato público em frente a Maternidade Divino Amor, na avenida Tenente Medeiros, 145, de onde saem em carreata pelas principais ruas do centro de Parnamirim. Segundo Ferreira, a categoria entende que o recebimento da remuneração por uma cooperativa "é uma precarização" do trabalho e do emprego dos profissionais da maternidade que, pela forma atual, recebem  os vencimentos com a prestação de serviços, os chamados  plantões eventuais.

Fonte: Tribuna do Norte


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