Hospital Walfredo Gurgel alerta para os riscos de queimaduras no período junino
Durante as festas juninas, aumentam os riscos de queimaduras e acidentes devido ao manuseio inadequado de fogos de artifício. Mensalmente, cerca de 50 pessoas queimadas dão entrada no Pronto Socorro Clóvis Sarinho (PSCS), totalizando quase 600 casos ao ano.
Com a chegada do período junino, há uma elevação de cerca de 50% no número de pacientes atendidos, no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Walfredo Gurgel. A queimadura é o ferimento que mais tempo necessita para sua completa cicatrização. No CTQ, muitos pacientes chegam a permanecer meses internados, precisando receber tratamento psicológico, já que lidar com as lesões muitas vezes gera conflitos. Atualmente, 11 pacientes internados no Centro de Tratamento (quatro crianças, quatro homens e três mulheres) são atendidos pelo Setor de Psicologia.
Segundo a psicóloga do CTQ, Jésia Barbosa, "a queimadura ameaça o senso de integridade paciente, já que quando o corpo se modifica, há alteração também na identidade corporal, e, consequentemente, surgem os conflitos emocionais". Esses conflitos passam pelo medo da limitação motora, da perda da autonomia para atividades da vida diária - como se alimentar ou tomar banho - e do retorno ao convívio social e ao trabalho. A psicóloga explica que o tratamento psicológico do paciente visa a minimizar a dor psíquica vivenciada.
Esse é o caso de Jailson Felix da Silva. Internado pela segunda vez no CTQ, devido ao agravamento de uma queimadura de terceiro grau no braço esquerdo, ele lembra que o acompanhamento psicológico foi essencial no seu primeiro internamento, quando apresentou sintomas de ansiedade. "Estava com minha mente despreparada para suportar aquela situação. Para mim, o trabalho da psicologia ajudou a superar meus problemas emocionais".
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