sexta-feira, outubro 21, 2011

UFRN explica mancha no mar

De acordo com a análise feita pelo professor Guilherme Fulgêncio, do Departamento de Oceanografia e Limnologia (DOL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a mancha escura que apareceu no mar da Praia do Meio na manhã dessa quarta-feira, 19, trata-se de "uma floração de cianobactérias do gênero trichodesmium", ou seja, uma explosão populacional dos micro-organismos.


A amostra encaminhada à UFRN pela Capitania dos Postos revelou que a mancha não tem relação com a popular "maré vermelha", fenômeno natural ocasionado pela aglomeração de microalgas, daí a coloração um pouco mais escura. "Manchas como essa podem ser vistas com frequência em mar aberto e, dependendo da extensão, não representa ameaça nem à vida marinha nem a banhistas", explicou o professor.

Essas bactérias, segundo o ele, habitam comumente aquelas águas e "o que permitiu esse aumento populacional foi a presença de nutrientes naquela região". Ele explicou que a grande quantidade de trichodesmium tornou visível a presença dos micro-organismos na forma de uma mudança de coloração na água. O professor Fulgêncio alerta que essa floração pode durar semanas e que as cianobactérias do gênero trichodesmium, quando mortas, liberam toxinas que podem causar náuseas e coceiras, principalmente em crianças, porque têm a pele mais vulnerável a agentes externos. "Quando essas bactérias começarem a morrer, a mancha vai ganhar um aspecto róseo e, por fim, desaparecerá", disse. 

A suspeita de que a mancha teria sido causada por um vazamento de óleo foi descartada no mesmo dia.

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