Após a confirmação laboratorial de um caso de raiva humana na cidade de Frutuoso Gomes obtida ontem, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio da Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (Suvam), irá intensificar o trabalho de esclarecimento junto à população, com o objetivo de evitar a ocorrência de novos casos da doença.
Desde 1993 sem registro de casos de raiva humana no Estado, ou seja há 17 anos, a confirmação realizada pelo Laboratório Central Dr. Almino Fernandes (Lacen), refere-se a um agricultor advindo do município de Frutuoso Gomes, situado no Alto Oeste do Estado.
O paciente, cuja mão havia sido mordida por um morcego que lhe transmitiu o vírus causador da doença, apenas procurou um serviço de saúde aproximadamente 60 dias após o contágio.
Encaminhado ao Hospital Giselda Trigueiro, referência em doenças infectocontagiosas, o paciente faleceu no mesmo dia em que chegou ao hospital, na última sexta-feira (9), em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.
"Com o diagnóstico em mãos, iremos estudar medidas preventivas de impacto junto à comunidade, para evitar o surgimento de novos casos no Estado", informou o veterinário da Suvam, Helvécio Martins. Conforme o veterinário, uma medida de prevenção fundamental a ser tomada pela população é evitar se expor a animais mamíferos silvestres, transmissores do vírus da raiva, a exemplo de sagui, rapousa e morcego, já que estes não são vacinados contra a doença, como ocorre com animais domésticos.
O veterinário explicou, ainda, que, se uma pessoa for mordida por qualquer animal mamífero, deve imediatamente procurar o serviço de saúde mais próximo, para submeter-se a uma avaliação médica.
Secretaria da Saúde alerta para cuidados contra a doença
Segundo a secretaria estadual de saúde, quando se trata de animais silvestres a recomendação do Ministério da Saúde é a de que o indivíduo receba uma vacina de prevenção e, em caso de animais domésticos, fique em observação durante dez dias, para a identificação de eventuais sintomas do agravo.
Também conhecida como hidrofobia, a doença é contraída a partir de um vírus presente em mamíferos infectados.
A transmissão ocorre através da pele ou mucosa, por meio de mordida, lambedura ou arranhão de animal contaminado. Além disso, a raiva pode ser transmitida entre seres humanos, por meio da saliva e lágrimas.
Entre os principais sintomas da raiva em um animal, estão agitação, agressividade, falta de coordenação motora, paralisia dos músculos da deglutição e da mandíbula (salivação e dificuldade para engolir).
Já se tratando de seres humanos, além desses sintomas, ocorrem perda da sensibilidade no local da inoculação do vírus (por onde ele entrou no organismo), dores de cabeça e alucinações e convulsão
Fonte: O Mossoroense
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