A inadimplência causou transtornos à população de Canguaretama. A Prefeitura local atrasou o pagamento de contas de energia e a Cosern cortou o fornecimento a 14 prédios públicos do município, inclusive o mercado municipal, igreja, rodoviária e secretarias. O corte foi realizado no fim da tarde da quinta-feira (27) e, pouco depois, o secretário de Administração do município, Luiz Antônio, orientou funcionários a religarem a energia de depósito da Secretaria de Saúde, para evitar perda de medicamentos.
Em débito com a Cosern de contas supostamente deixadas em administrações anteriores, a Prefeitura de Canguaretama afirma que tem um acordo para o pagamento parcelado das dívidas. O secretário de Administração disse que o pagamento da conta estava sendo efetuado na tarde de quinta-feira, mas no momento em que os funcionários da Cosern realizaram o corte, o prédio da secretaria ficou sem energia e o fax com os comprovantes dos débitos não foram repassados a tempo. "Geralmente é assim: eles chegam, cortam, se tiver alguém para receber a notificação, entregam. Se não, cortam, deixam o papel e vão embora", queixou-se Luiz Antônio.
De acordo com informações da população, comerciantes do mercado passam por dificuldades para trabalhar devido ao corte e as atividades na creche supostamente teriam sido suspensas até que o fornecimento de energia fosse restabelecido. O secretário confirmou os cortes e disse que, para evitar perdas maiores, determinou que funcionários do município fizessem o religamento para evitar prejuízos ainda maiores para a cidade.
"Já estávamos com o comprovante de pagamento em mãos, mas não podíamos deixar que a secretaria de Saúde ficasse sem luz, porque perderíamos medicamentos que precisavam ficar resfriados. Eles deveriam, quando fossem cortar a energia, dar um prazo de uma ou duas horas para tentarmos solucionar ou tomar as providências emergenciais. Essa é a terceira vez que eles cortam a energia", disse Luiz Antônio.
A assessoria de comunicação da Cosern informou que o motivo para o corte do fornecimento de energia foram débitos da Prefeitura, mas não detalhou quais.
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