quarta-feira, outubro 28, 2009

Educação

Provinha Brasil
Escolas das redes públicas com turmas do segundo ano (alfabetização) do ensino fundamental receberão em novembro a Provinha Brasil, relativa ao segundo semestre. O período de aplicação sugerido pelo Ministério da Educação vai de 9 a 13 do próximo mês.

Mesmo que seja opcional, a provinha impressa chegará a todas as escolas municipais, estaduais e do Distrito Federal que registraram turmas de alfabetização no último Censo Escolar. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) indicam que 3,5 milhões de crianças estão no segundo ano do ensino fundamental público.

A provinha de língua portuguesa, com 24 questões de múltipla escolha, é aplicada pelo professor em sua turma. A correção e a análise dos resultados também são tarefas do professor, mas podem ter a participação de outros professores, da coordenação pedagógica e da direção da escola.

Para a coordenadora-geral do ensino fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, Edna Borges, a provinha permite ao professor, ao analisar os resultados obtidos pelas crianças, identificar as dificuldades da aprendizagem e traçar um plano de trabalho para superar os problemas que aparecem. Segundo Edna, a avaliação do segundo semestre também oferece informações ao professor e à escola sobre a evolução no aprendizado entre a aplicação das duas provas.

No primeiro semestre deste ano, a provinha foi aplicada entre 9 e 20 de março. O objetivo do exame é constatar se, aos oito anos de idade, a criança está alfabetizada.

Apoio — Para apoiar o trabalho dos professores do ciclo de alfabetização, que vai dos seis aos oito anos de idade, o Ministério da Educação preparou material a ser enviado às escolas públicas no início do ano letivo de 2010. O primeiro é o caderno Orientações para o Trabalho com a Linguagem Escrita em Turmas de Crianças de Seis anos de Idade, elaborado pelo Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com 122 páginas, o caderno orienta os professores sobre o trabalho com a linguagem escrita e sugere atividades a serem desenvolvidas na sala de aula.

O segundo é uma caixa com dez jogos sobre alfabetização. Os jogos foram criados pelo Centro de Estudos em Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Escolas com até 70 alunos em classes de alfabetização receberão uma caixa. Aquelas com 80 alunos terão duas caixas e assim sucessivamente, explica Edna. Acompanha o kit de jogos aos professores sobre o uso do material em sala de aula.

Protesto
Os trabalhadores em Educação da rede estadual e do município de Natal realizarão uma parada em protesto na próxima quinta-feira (29). O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (SINTE-RN) está organizando atividades ao longo do dia. A principal pauta da mobilização é a campanha salarial.


A partir das 8:30, a categoria começará a se concentrar em frente à Governadoria. Às 14 horas, no auditório do SINTE-RN, haverá uma exposição sobre a reformulação do Plano de Carreira e, às 15 horas, uma assembléia com os educadores de Natal.

De acordo com informações do MEC, os professores do Rio Grande do Norte tem um dos piores salários do país. Os educadores da rede estadual recebem o 6º pior salário do país.

Na rede municipal de Natal, a prefeitura não cumpriu o acordo firmado na greve do início do ano. Alega-se que não há recursos, mas o DIEESE mostrou que aproximadamente 10 milhão de reais que serviriam para isso foram remanejados para outras coisas.

Educação e Cultura fará seminário sobre trabalho infantil
A Comissão de Educação e Cultura vai realizar em conjunto com as comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Trabalho, de Administração e Serviço Público um seminário para debater os 15 anos de existência do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).


O FNPETI foi instalado no dia 29 de novembro de 1994, a partir de convocação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aos segmentos mais representativos da sociedade brasileira, com o objetivo de articular esforços e tomar medidas para eliminar a exploração do trabalho infantil e proteger o adolescente trabalhador. Em comemoração aos 15 anos do fórum, será lançada uma publicação sobre a sua a trajetória histórica.

O requerimento aprovado nesta quarta-feira é de autoria dos deputados Maria do Rosário (PT-RS), Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE) e Eduardo Barbosa (PSDB-MG). "Tendo em vista a função desempenhada pelo FNPETI, o seminário será uma oportunidade de reflexão acerca da situação do trabalho infantil e das ações governamentais implementadas para sua erradicação", explica Maria do Rosário.

Convidados
Serão convidados para o debate representantes dos seguintes órgãos e entidades: FNPETI, OIT, Unicef, Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Anamatra e centrais sindicais de trabalhadores e patronais.


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