segunda-feira, julho 11, 2011

Suicídio é registrado em Cerro Corá

Um homem foi encontrado enforcado na cidade de Cerro Corá por volta das 09h30minh desta segunda-feira (11), o funcionário público, Luiz Matias Guedes de Oliveira (Lula Matias), solteiro, 55 anos, residente na Rua José Malaquias dos Santos, n°38, Bairro Matadouro.

A vítima teria procurado o hospital onde trabalhava nesta madrugada com pequenos cortes pelo corpo e alegava está triste e comentou que estaria pensando em suicídio, na ocasião recebeu o atendimento e apoio dos funcionários de plantão que pediram para o mesmo permanecer naquela unidade hospitalar, mais o mesmo se recusou a permanecer e voltou para casa vindo a cometer o ato de enforcamento. 

A policia Militar foi acionada para isolar o local e aguardar a chegada do ITEP.

Fonte:3ª CIPAM Currais Novos

SEMEC emite carta de agradecimento a todos que participaram e contribuíram para realização do VII Festival de Quadrilhas

Secretaria Municipal de Educação e Cultura, responsável pela organização do VII Festival de Quadrilhas de Sitio Novo, através de sua secretaria Josefa Fernandes de Lima, encaminhou uma carta de agradecimento a todos que contribuíram para o sucesso de mais uma edição do Festival de Quadrilhas que este ano foi realizado durante o período de 30/06 á 03/07.

Carta de Agradecimento

O VII Festival de Quadrilhas do município de Sitio novo realizado em 30 de junho a 03 julho de 2011, graças ao empenho de um conjunto de pessoas. É preciso destacar aos que se ocuparam da organização, da estrutura, as equipes gestoras das secretarias, das escolas, professores, responsáveis pela participação dos alunos, os quais vieram dar vida ao evento com sua presença na Quadra Poliesportiva Joaquim Batista Mafra.

Agradecemos assim a todas as pessoas que contribuíram para viabilizar o Festival, pelo seu empenho, esforço e em especial pela demonstração de compreensão e solidariedade na solução dos problemas que surgiram no decorrer da construção e na realização do Festival.  

Reconhecemos o trabalho excelente que cada um desenvolveu para termos o resultado com sucesso.

A todos aqueles que expressaram esse compromisso participando do VII Festival de Quadrilhas, o nosso muito obrigado.

Josefa Fernandes de Lima
Secretária Municipal de Educação e Cultura

Sitio Novo/RN 06 de Julho de 2011.

GIRO PARABENIZA

 CAROL, JUCIARA E MAURICELIO

Atenção Professores de Sitio Novo e Região

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em parceria com a 7ª Diretoria Regional de Educação (DIRED) e as secretarias municipais de educação, ministrará um curso de aperfeiçoamento para professores do ensino fundamental.
O curso tem como tema “Formação de Professores do Ensino Fundamental na Perspectiva da Inclusão Escolar: deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação” e é voltado para ajudar os professores a incluir alunos com algum tipo de deficiência.

Ao todo, estão sendo oferecidas 50 vagas, sendo 25 para professores da rede estadual via DIRED e mais 25 para professores da rede municipal, onde a escolha acontecerá nas secretarias municipais de educação da região. Os interessados devem fazer a inscrição até o dia 15 deste mês no site da UFRN, através do link do SIGAA de forma gratuita e entregar na DIRED ou secretarias municipais de educação os seguintes documentos: Xerox documentos pessoais, carta de intenção no curso, declaração escolar e currículo.

Para a diretora da Dired, Karla de França a capacitação tem grande importância, pois cada vez mais a inclusão tem sido um tema abordado em sala de aula e contribuirá na formação desses alunos.

A seleção para o curso será feita pelos professores do Departamento de Educação da UFRN. A lista dos selecionados será publicada no dia 22. O curso será ministrado aos sábados em Santa Cruz, no período de agosto a dezembro deste ano e terá uma carga horária complementar para os professores.

Os interessados devem fazer a inscrição, gratuitamente, o mais breve possível, pois a seleção é rápida e o curso já começa a ser desenvolvido no próximo mês nos nove municípios da região.

Qualquer dúvida, os interessados deverão contatar a 7ª Dired pelo telefone (84) 3291-6918 ou a Secretaria Municipal de Educação de Santa Cruz/RN (84) 3291-2986.
Fonte: Edipo Natan

Tangará: Veja quais foram as Quadrilhas classificadas para a final

Tradicional: 1º - Junina Sertão - Barcelona/RN
2ª - Arraiá Eita Danado - Currais Novos/RN
3º - Arraiá Chico Ribeiro - Santa Cruz/RN
4º - Arraiá da Juventude - Japi/RN
Estilizada:
1º - Arraiá Balão Dourado - Natal/RN
2º - Arraiá Encanta Natal - Natal/RN
3º - Arraiá do Cabaço - Natal/RN
4º - Arriá Canta Nordeste - Senador Eloi de Souza
5º - Junina Balancê - São José de Campestre

Santa Cruz: Sertão Alegre e Encanta Natal foram às campeãs do Festival de Quadrilhas

Tradicional
1° Arraiá Sertão Alegre Barcelona-RN
2° Tradição Junina de São Bento do Trairi-RN
3° Arraiá da Juventude - Japi/RN
Estilizada
1°Arraiá Encanta Natal - Natal/RN
2°Arraiá Balão Dourado - Natal/RN
3°Arraiá do Cabaço - Natal/RN

Caicó: Estudante cobra respeito pela Educação do RN

As manifestações espontâneas de alunos da Rede Estadual de Ensino continuam em todo o Rio Grande do Norte, por causa dos quase três meses de paralisação. Agora foi a vez do aluno Sérgio Medeiros de Almeida, do 3ª ano da Escola Estadual Calpurnia Caldas de Amorim (EECCAM de Caicó), escrever uma carta endereçada a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), clamando pelo fim da greve.

Sérgio Medeiros (foto) fala em nome de todos os alunos da escola, que estão aflitos com o risco de perderem o ano letivo, e espaço na grande concorrência por uma vaga na universidade, através do vestibular. “Como vamos concorrer com quem está tendo aula, se estamos há quase três meses sem assistir nenhum conteúdo? A governadora coloca seu filho na escola particular, e nós não temos condições de fazer isso”, disse o estudante em entrevista à Rádio Caicó AM.



A carta diz o seguinte:

VERGOHA QUE NÃO TENHO DE SER NORDESTINA

Enquanto alguns babacas e preconceituosos usam a internet para discriminar as pessoas que nasceram na mais bela parte do nosso Brasil o “Nordeste”. A jornalista paraibana Sheila Raposo escreveu um artigo que traduz o grande sentimento que sentimos de ser nordestino estando ou não no nordeste ou fora dele.


É com muita alegria, orgulho e satisfação que o Blog Giro/RN.com divulga está grande prova de amor ao Nordeste.

Confira

Cultivado entre os cascalhos do chão seco e as cercas de aveloz que se perdem no horizonte, cresceu, forte e robusto, o meu orgulho de pertencer a esse pedaço de terra chamado Nordeste.

Sou nordestina. Nasci e me criei no coração do Cariri paraibano, correndo de boi brabo, brincando com boneca de pano, comendo goiaba do pé e despertando com o primeiro canto do galo para, ainda com os olhos tapados de remela, desabar pro curral e esperar pacientemente, o vaqueiro encher o meu copo de leite, morninho e espumante, direto das tetas da vaca para o meu bucho.

Sou nordestina. Falo oxente, vôte e danou-se. Vige, credo, Jesus-Maria e José! Proseio com minha língua ligeira, que engole silabas e atropela a ortoépia das palavras. O meu falar é o mais fiel retrato. Os amigos acham até engraçado e dizem sempre que eu “saí do mato, mas o mato não saiu de mim”. Não saiu mesmo! E olhe: acho que não vai sair é nunca!

Sou nordestina. Lambo os beiços quando me deparo com uma mesa farta, atarracada de comida. Pirão, arroz-de-festa, galinha de capoeira, feijão de arranca com toucinho, buchada, carne de sol… E mais uma ruma de comida boa, daquela que, quando a gente termina de engolir, o suor já está pingando pelos quatro cantos. E depois ainda me sirvo de um bom pedaço de rapadura ou uma cumbuca de doce de mamão, que é pra adoçar a língua. E no outro dia, de manhãzinha, me esbaldo na coalhada, no cuscuz, na tapioca, no queijo de coalho, no bolo de mandioca, na tigela de umbuzada, na orêa de pau com café torrado em casa!

Sou nordestina. Choro quando escuto a voz de Luiz Gonzaga ecoar no teatro de minhas memórias. De suas músicas guardo as mais belas recordações. As paisagens, os bichos, os personagens, a fé e a indignação com que ele costurava as suas cantigas e que também são minhas. Também estavam (e estão) presentes em todos os meus momentos, pois foi em sua obra que se firmou a minha identidade cultural.

Sou nordestina. Me emociono quando assisto a uma procissão e observo aqueles rostos sofridos, curtidos de sol do meu povo. Tudo é belo neste ritual. A ladainha, o cheiro de incenso. Os pés descalços, o véu sobre a cabeça, o terço entre os dedos. O som dos sinos repicando na torre da igreja. A grandeza de uma fé que não se abala.

Sou nordestina. Gosto de me lascar numa farra boa, ao som do xote ou do baião. Sacolejo e me pergunto: pra quê mais instrumento nesse grupo além da sanfona, do triangulo e da zabumba? No máximo, um pandeiro ou uma rabeca. Mas dançar ao som desse trio é bom demais. E fico nesse rela-bucho até o dia amanhecer, sem ver o tempo passar e tampouco sentir os quartos se arriando, as canelas se tremelicando, o espinhaço se quebrando e os pés se queimando em brasa. Ô negócio bom!

Sou nordestina. Admiro e me emociono com a minha arte, com o improviso do poeta popular, com a beleza da banda de pífanos, com o colorido do pastoril, com a pegada forte do côco-de-roda, com a alegria da quadrilha junina. O artista nordestino é um herói, e nos cordéis do tempo se registra a sua história.

Sou nordestina. E não existe música mais bonita para meus ouvidos do que a tocada por São Pedro, quando ele se invoca e mete a mãozona nas zabumbas lá do céu, fazendo uma trovoada bonita que se alastra pelo Sertão, clareando o mundo e inundando de esperança o coração do matuto. A chuva é bendita.

Sou nordestina. Sou apaixonada pela minha terra, pela minha cultura, pelos meus costumes, pela minha arte, pela minha gente. Só não sou apaixonada por uma pequena parcela dessa mesma gente que se enche de poderes e promete resolver os problemas de seu povo, mentindo, enganando, ludibriando, apostando no analfabetismo de quem lhe pôs no poder, tirando proveito da seca e da miséria para continuar enchendo os próprios bolsos de dinheiro.

Mas, apesar de tudo, eu ainda sou nordestina, e tenho orgulho disso. Não me envergonho da minha história, não disfarço o meu sotaque, não escondo as minhas origens. Eu sou tudo o que escrevi, sou a dor e a alegria dessa terra. E tenho pena, muita pena, dos tantos nordestinos que vejo por aí, imitando chiados e fechando vogais, envergonhados de sua nordestinidade. Para eles, ofereço estas linhas.

Sheila Raposo – Jornalista