quinta-feira, janeiro 28, 2010

Mulher é convencida a desistir de suicídio



Após cerca de 1h30 de tensão e desespero, Cláudia Maria Nascimento dos Santos, de 36 anos, desistiu de se jogar do 3º andar do Fórum Miguel Seabra Fagundes. Ela ameaçou se suicidar após saber que seu ex-marido, o norueguês Leif Harry Hauge, tinha embarcado com seu filho de 12 anos para a Noruega.


Cláudia tem dois filhos com o norueguês, um de 12 anos e outro de 15. Ela tinha perdido a guarda do filho mais novo para o pai em 2007. Insatisfeita, mantinha o adolescente escondido em Goiás.

Segundo informações do atual marido de Cláudia, o comerciante Luis Antônio Romeiro, Leif Harry estava impedido de sair do Brasil, pois havia 41 meses que ele não pagava pensão alimentícia. Esta semana o norueguês teria conseguido a licença para viajar, então, pegou o filho e embarcou para Europa.

Ainda de acordo com Luis Antonio, Cláudia se separou do norueguês após ter descoberto, em 2004, que ele estava em um motel com duas crianças. Na ocasião, inclusive, Leif Harry teria sido preso.

Tensão

Por volta das 15h15, Cláudia Maria Nascimento dos Santos se desesperou ao saber da viagem do filho para a Noruega. Ela estava com o atual marido, Luis Antônio Romeiro, no 3º andar do Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Lagoa Nova.

Enquanto Luis foi tomar um pouco de água, ela se dirigiu para a janela do prédio e, em seguida, ameaçou se jogar do 3º andar. Ela gritava pedindo pelo filho. Em poucos instantes, a frente do prédio encheu de curiosos. Eles e vários moradores de prédio vizinhos clamavam pedindo para que ela não pulasse. "Não pule, pelo amor de Deus, não pule. Pense no seu filho, ele precisa de você", pediam os populares.

O mesmo pedido era feito por uma juíza que se encontrava no mesmo andar do prédio. Mas por volta das 15h30, o aspirante do 5º Batalhão da Polícia Militar, Egnesran Almeida, informou ao Nominuto.com: "ela se mostra irredutível".

Além do 5º BPM, estavam no local policiais do Batalhão Policial de Operações Especiais (Bope), o Corpo de Bombeiros e Samu. Passava das 4h da tarde quando os bombeiros, que estavam no 4º andar do prédio, fizeram a primeira tentativa de aproximação. Eles jogaram uma corda. Nesse momento, a mulher se desesperou mais ainda e gritou: "Quero meu filho".

Os bombeiros, então, recuaram. Nesse momento ela já estava sentada no parapeito, com o corpo inteiro para fora do prédio, inclusive, com as pernas penduradas. Havia o perigo de, mesmo sem querer, ela escorregar e cair. O convecimento, no entanto, continuou. Quando por volta das 16h30, Cláudia dos Santos foi convendida a não pular. Ainda abatida, ela foi levada pelo carro de resgate do Corpo de Bombeiros.

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