segunda-feira, março 15, 2010

Servidores não recebem salários há oito meses

A comissão composta por cinco vereadores da Câmara Municipal de Tibau está disposta a formular uma nova denúncia juntos ao Ministério Publico contra o prefeito Francisco de Assis Diniz(PSB).

O grupo é formado pela presidente do Legislativo local, vereadora Evaneide Fernandes, a Neneide (PSB), e pelos vereadores Francisco Lourenço, Chico Cem (DEM), Alivan da Silva (PMDB), Maria das Graças(PRB) e João Nolasco Neto (PSC). Eles reclamam do descaso do prefeito em reação a serviços essenciais como limpeza pública, atendimento na área de saúde e educação, além do atraso de até oito meses de salários de servidores e prestadores de serviço.

Os vereadores reclamam ainda que, valendo-se do direito de permanecer do cargo através de uma liminar, o prefeito vem promovendo uma verdadeira varredura nas finanças municipais.

Todo o repasse que chega nas contas da prefeitura, dizem os parlamentares, é imediatamente retirado pelo gestor municipal, deixando servidores, prestadores de serviços e fornecedores sem dinheiro . "A diretora da única creche municipal deixou o cargo porque estava há oito meses sem receber salários. Além disso, existem servidores que gozaram de férias em setembro de 2009 e até hoje não receberam o terço de férias dos seus salários, como prevê a lei. Tibau se encontra a mercê desse homem que não respeita as pessoas nem a Justiça. O povo de Tibau não pode continuar sofrendo desse jeito", disse a vereadora Neneide.

Os vereadores reclamam ainda da falta de assistência à saúde e à educação. A unidade única hospitalar da cidade não possui médico de plantão e os atendimentos muitas vezes deixam de ocorrer por falta de material para realizar até mesmo curativos. Na creche, dizem os edis, falta merenda e até mesmo água para as crianças. Os estudantes reclamam também que foi suspenso o transporte escolar na cidade, sendo que o único veiculo utilizado para transportar universitários é um ônibus adquirido através do Ministério da Educação e Cultura (MEC). "Nossos estudantes da zona rural não estão assistindo aula por falta de transporte, já que o ônibus do MEC vem sendo utilizado para levar os universitários. Mesmo assim a grande maioria está sendo obrigada a fazer o trajeto em pé, já que não existe assento para todos", disse a vereadora Maria das Graças.

Os vereadores reclamam do que consideram morosidade da justiça. "A situação só se encontra desse jeito porque a Justiça vem agindo de forma lenta. Mesmo tendo sido cassado, o prefeito teve direito de retornar ao cargo e continua dilapidando o patrimônio público", disse revoltado o vereador Chico Cem.
Informações do Correio da Tarde

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