quinta-feira, abril 08, 2010

Patu

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) anunciou, na tarde desta quarta-feira (7), que está providenciando a recuperação do abastecimento de água aos moradores de Patu, que recebem a água da adutora Arnóbio Abreu, após acidente que provocou o rompimento da adutora na manhã de hoje. No entanto, o Ministério Público argumenta que a falta d’água no município é recorrente.

No último mês de março, a Promotora de Justiça, Micaele Caddah, ajuizou uma Ação Civil Pública contra a Caern e o município de Patu. Segundo a promotoria, há quase dois anos o problema de falta de abastecimento de água em alguns bairros de Patu é recorrente.

Em setembro de 2008, moradores dos bairros Costa e Silva, da Avenida Lauro Maia, do Conjunto João Peireira, Nova Patu e bairro da Cepela entregaram ao MP um abaixo-assinado relatando a falta de água constante.

Na época, a Caern teria reconhecido a existência do problema e informou que o motivo da falta d’água havia sido a redução da vazão da adutora Arnóbio Abreu, que caiu de 100 a 120 mil litros por hora para 30 a 50 mil litros.

As causas para essa redução, segundo a empresa, são a irregularidade no fornecimento de energia elétrica às estações elevatórias; a baixa quantidade de hidrômetros , o que favorece o desperdício; e o sub-dimensionamento da rede de distribuição de água de Patu.

Na Ação, ela pedia que fosse disponibilizado, no prazo dez dias, o fornecimento de água através de carros-pipa ou outro procedimento que permita o abastecimento temporário de água tratada; e a apresentação de um cronograma de execução da obra referente à construção dos dois reservatórios destinados à adequação da rede de distribuição de água do município.

Além dessas ações emergenciais, Micaele Caddah estabelece o prazo de 60 dias para o início da obra de adequação do sistema de distribuição de água.

Para averiguar as denúncias de que algumas pessoas estariam consumindo água poluída de uma cacimba localizada próxima ao lixão da cidade, Micaele Caddah pediu a realização de uma perícia técnica que avalie a qualidade dessa água. Na Ação ela ainda fixou multa diária à Caern e pessoal à Prefeita Municipal de Patu por descumprimento no valor de R$ 2 mil.

Nenhum comentário: