terça-feira, julho 06, 2010

MARTINS

O clima ameno e o sol forte frustraram quem subiu a serra de Martins, na região Oeste do Rio Grande do Norte, neste fim de semana, esperando baixas temperaturas. O inverno que atraiu um grande número de pessoas nos anos anteriores ainda não chegou em um dos pontos turísticos mais procurados no estado durante a estação do frio.

Martins conquista quem visita não apenas pelo clima agradável, mas pela história, a natureza exuberante e a belíssima paisagem. Os seus principais pontos turísticos são os mirantes (da Carranca e do Canto), os museus Histórico e da Arqueologia, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (padroeira da cidade), o Nicho Nossa Senhora do Livramento, a praça Dr. Almino Affonso, a Capela de Nossa Senhora do Rosário, a Casa de Agá Fernandes (localizada no centro da cidade, a casa, construída no século passado, passou de geração a geração e abriga um acervo de móveis antigos), e a Casa de Pedra.

Encravada na subida da serra, a Casa de Pedra localiza-se num pequeno vale da Fazenda Trincheira. É uma caverna com 100 metros de comprimento, dividida em vários recintos menores, alguns bastante profundos e escuros. Possui uma sala espaçosa com 18 metros de comprimento por 12 de largura; o teto alcança mais de 10 metros e dele pendem várias "estalactites". Está cadastrada na Sociedade Brasileira de Cavidades Naturais como a segunda maior do País, em mármore. 

Nesta época do ano comemora-se em Martins o João Pedro, uma mistura de São João e São Pedro, com vários dias de festa e muito forró no centro da cidade. Mas, a maior atração nos últimos anos tem sido o Festival Gastronômico, que reúne diversos estabelecimentos da culinária potiguar e atrai centenas de turistas para a cidade. Este ano, a prefeita Maria José Oliveira Gurgel confirmou que o evento será realizado no mês de agosto.

O artesão Abraão Maximiano da Silva aproveitou o movimento no hotel para mostrar as suas obras produzidas em cerâmica. Natural da comunidade Poção, localizada a 6 km do centro da cidade,  ele conta que a comunidade deu origem a Martins. "Muitos moradores vieram de lá pra cá", disse, explicando que a população, formada por 38 famílias, sobrevive da agricultura familiar (com destaque para o cultivo de hortaliças) e do artesanato, assim como ele.


"O que é produzido na agricultura é vendido em Martins e região. No artesanato, acabamos de receber um investimento para os próximos três anos, através de uma parceria entre a Prefeitura Municipal e o Sebrae. Com esses recursos teremos como escoar a nossa produção para outras cidades do Rio Grande do Norte", comemora Abraão. 

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