quarta-feira, setembro 29, 2010

Médicos revindicam melhorias de condições de trabalho para Walfredo

Os médicos do Hospital Estadual Walfredo Gurgel pretendem reivindicar melhores condições de trabalho. Pensando nisso, os clínicos e cirurgiões gerais da unidade de saúde marcaram reunião junto ao Sindicato dos Médicos (Sinmed) para estudar as formas possíveis de solicitar as melhorias ao Governo.

O encontro será realizado nesta quarta-feira (29), às 19h, na própria sede do Sinmed. Apesar da proximidade das eleições, eles pretendem tentar abrir canal de negociação com a administração. De acordo com o presidente do sindicato, Geraldo Ferreira, os médicos reivindicam, sobretudo, questões de abastecimento de insumos e materiais.

“Ontem mesmo eu estive de plantão no Walfredo e pude constatar. Não tem nem mesmo fios, e os cirurgiões têm que improvisar. O abastecimento é muito irregular, e chegam a faltar materiais básicos para os atendimentos e para as cirurgias”, diz.

Além disso, o hospital sofre com problemas históricos de superlotação. A falta de recursos também inviabiliza o atendimento de alguns dos pacientes que lá chegam. Recentemente, em fevereiro deste ano, foi anunciada reforma na unidade de saúde, com o objetivo de otimizar a assistência.

A meta do Walfredo Gurgel era retirar todos os pacientes dos corredores e regularizar as transferências. Priorizando o atendimento a casos de urgência, esperava-se resolver o problema da superlotação. Algum tempo depois, no entanto, a unidade voltou a sofrer com o velho problema.

Em visita ao HWG, já em setembro, a promotora de Justiça de Defesa da Saúde, Iara Pinheiro, encontrou 81 pacientes em macas nos corredores e outros 14 sem acesso a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A promotora ainda foi informada pela Unidade de Gerenciamento de Vagas que pelo menos dois pacientes necessitavam de oxigenação, mas o hospital não dispunha de mais nenhum ponto de oxigênio.

Durante sua visita, a promotora Iara Pinheiro discutiu ainda questão do desabastecimento do hospital. Na tentativa de sensibilizar o poder público sobre a situação da unidade, ela encaminhou cópia do relatório da visita ao Governo do Estado, à Prefeitura de Natal e às secretarias estadual e municipal de Saúde.

O documento também foi encaminhado aos diretores-gerais dos hospitais estaduais de Natal e da região metropolitana, ao SAMU Natal e Metropolitano; ao Conselho Regional de Medicina (CRM), aos Conselhos Estadual e Municipal de Saúde de Natal; e aos presidentes da Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores.

Até o momento, contudo, nada de efetivo foi feito. No hall de entrada do hospital, somente a triagem dos casos é feita como forma de evitar a superlotação.
Fonte: Nominuto.com

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