terça-feira, outubro 19, 2010

Por Gilmar Cardoso: A dor de perder um amigo

Em 1985, quando Caicó ganhava sua segunda emissora de rádio (Rádio AA Voz do Seridó), um jovem estudante, funcionário do Hospital do Seridó, também principiou no meio de comunicação, Francisco Gomes de Medeiros, que adotou o nome artístico de F. Gomes, virou locutor da noite, das 20h às 23h, sua voz se tornou comum nos lares do Seridó, apresentando o programa: “Noturno, o som de todas as gerações”. Depois veio sua experiência como repórter esportivo, redator de jornalismo, apresentador de noticiários e daí por diante, o F. Gomes dono da audiência do meio dia. Por acaso, quem não ouviu falar no Alerta Geral na Rádio Seridó? Depois, surgiu na sua voz, o Cidade Alerta (Rádio Rural) e por último, o Comando Geral (Rádio Caicó). Mas a história mais linda que se pode escrever do nosso saudoso “F”, é a história de um filho amável e carinhoso que ele sempre foi, do irmão e amigo cuidadoso que a vida inteira soube ser. Lembro de sua luta quando fez a primeira reforma na casa da sua mãe, da sua alegria ao poder proporcionar aquele feito. Era sempre assim, não existiam limites quando a meta era fazer algo por sua família. Como esposo, sei do amor e fidelidade que sempre deu a Eliene, de sua felicidade cada vez que podia lhe proporcionar um grande momento.

Ninguém, nem mesmo os mais íntimos, pode ser capaz de decifrar as qualidades do grande pai que ele foi. Se me dói agora o peito, é pensar na perda que rasga o coração de Esley, Everton e Erica, seus três filhos, presentes de Deus para um grande homem, um exemplo de pai. Quando falávamos deles, seus olhos nadavam de felicidade, de orgulho, de gratidão, seus filhos eram tudo na sua vida.

No sábado passado, dia 16 de outubro, como se fosse um presente de Deus no dia do meu aniversário, nos encontramos num shopping de Natal, ele falava ao telefone e enquanto aguardava o final da ligação, depois de abraçá-lo, deixei meu braço sobre seus ombros, esperei o final da conversa, aí falamos sobre meu afilhado, Esley, me perguntou se estava feliz em Natal, falei da saudade da nossa terra (Caicó), então o abracei mais uma vez, e foi à última vez...

Começamos no rádio no mesmo ano, na mesma emissora, tive o prazer de tê-lo como parceiro apresentando programas juntos. Momentos que o tempo nunca vai apagar.

Só o amor de Deus pode amenizar a dor e a tristeza que todos os que lhe amavam sentem agora.

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