quarta-feira, novembro 10, 2010

Infidelidade partidária pode mudar cenário político para 2012

Na cidade de Antônio Martins, na região do Alto Oeste Potiguar começam as especulações em torno dos nomes que devem disputar a sucessão municipal em 2012. Além do atual Edmilson Fernandes (PT), que tem confidenciado a amigos e aliados do seu agrupamento político que deseja disputar a reeleição, nomes como os dos ex-prefeitos José Júlio (PT) e Francisco Fernandes (PMDB), também começam a ser especulados nas rodas políticas da cidade. José Júlio, por exemplo, disputou as últimas eleições como candidato a deputado estadual, e obteve 74,12% dos votos do seu município, se credenciando para a disputa como forte candidato.

Na cidade tem se especulado ainda que Edmilson Fernandes, caso não consiga viabilizar sua candidatura, estaria mais propenso a apoiar o projeto político de seu colega de partido, o Zé Júlio, mas também não descarta apoiar Francisco Fernandes, que já disputou a prefeitura duas vezes. Os dois apoiaram a candidatura vitoriosa de Rosalba Ciarlini (DEM) ao Governo do Estado no município, e podem se afinar politicamente com o DEM caso o ex-prefeito Zé Júlio confirme seu interesse em disputar novamente a prefeitura de Antonio Martins.

A decisão de Edmilson em apoiar a candidatura de Rosalba ao governo do Estado na reta final da campanha acabou gerando certo desgaste dentro do PT. A Executiva do partido decidiu abrir processo ético contra todos os filiados que não seguiram a orientação de apoiar a reeleição do governador Iberê Ferreira (PSB), apoiado pelo Partido dos Trabalhadores. Na época da decisão, o presidente estadual do PT, Eraldo Paiva, disse que o prefeito de Antonio Martins seria punido e corria até mesmo o risco de ser expulso do partido. "Será instaurado um processo na Comissão de Ética contra ele. O mais grave foi o desrespeito com o conjunto do partido, que resolveu democraticamente escolher a aliança do PSB", disse o presidente estadual do PT. Ele afirmou que o processo contra o prefeito Edmilson Fernandes poderá culminar com a expulsão ou outro tipo de punição, mas foi contundente: "Eu defendo que ele seja expulso e aí, pela lei da Fidelidade Partidária, perderá o cargo", disse Eraldo.

Fonte: Correio da Tarde

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