Após o término da audiência no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo, em que Tiririca foi submetido a um teste para comprovar sua alfabetização, o promotor do Ministério Público Eleitoral (MPE), Maurício Antonio Ribeiro Lopes, disse que vai entrar com um mandado de segurança no TRE. Ele afirmou que vai pedir a produção de novas provas - documentais e periciais - para apurar se o palhaço forjou o atestado de exigido pela Justiça Eleitoral.
O promotor afirmou que está evidente o crime de falsidade ideológica. "Do meu ponto de vista, está caracterizado que o documento foi produzido de modo fraudatório". Lopes disse ainda que não iria comentar os detalhes da prova e que não queria entrar no mérito se ele é analfabeto ou não. Segundo o promotor, o mais relevante é comprovar a falsidade ideológica.
Ao deixar o Tribunal após fazer o exame para comprovar seu grau de alfabetização, o palhaço Tiririca segurava um cartaz com a frase "animal não é brinquedo, tem fome, tem dor, tem medo. Não abandone seu animal". Eleito deputado federal com 1,3 milhão de votos, ele disse: "Vou lutar por esse projeto".
Tiririca não quis comentar a prova. Ele saiu pelo estacionamento do Tribunal e fez sinal de positivo. O presidente do TRE de São Paulo, Walter de Almeida Guilherme, falou que Tiririca realizou os exercícios da prova, mas disse que ainda "não é possível afirmar se sabe ler e escrever".
Ação Penal
Candidato a deputado mais votado em todo o País, Tiririca é alvo de uma ação penal aberta para investigar se houve falsificação em sua declaração de escolaridade. Em sua defesa, ele alegou que teve a ajuda de sua mulher para fazer a declaração de próprio punho entregue à Justiça Eleitoral ao registrar a candidatura. O humorista afirmou sofrer de problemas motores que o impedem de segurar uma caneta com firmeza. O Ministério Público Eleitoral consultou peritos, que apontaram "artificialismo gráfico" no documento.
Teste
Em audiência no TRE, Tiririca realizou um teste de alfabetização. Durante o exame, o deputado eleito teve que ler em voz alta notícias escritas nas duas primeiras páginas de um jornal e, depois, escreveu um ditado de uma passagem do livro "Justiça Eleitoral - uma retrospectiva". Ele teve que escrever: "A promulgação do Código Eleitoral em fevereiro de 1932, trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral".
Portal Terra
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