quinta-feira, janeiro 27, 2011

Fragilidade na segurança do Agreste Potiguar é destaque do Tribuna do Norte


Com reportagem de Marco Carvalho, a Tribuna do Norte relata a fragilidade da segurança no Agreste Potiguar. Confira a reportagem (adaptada pelo VNT)

Colete balístico com prazo de validade expirado, armamento ultrapassado, viaturas com defeitos, estrutura de trabalho comprometida e problemas com alimentação. Essa é a realidade da maioria dos municípios do Agreste potiguar, que vêm sofrendo com ataques de bandidos qualificados, com armamento e estratégia que deixam a segurança pública a ver navios. A falta de efetivo é apontado como o ponto que mais compromete a atuação. Tanto a PM quanto a Polícia Civil necessita de uma reestruturação urgente.

Nos últimos três meses, os bandidos estão migrando para o interior justamente por perceber essa deficiência. Foram seis explosões a caixas eletrônicos, nas quais a polícia não pôde oferecer a mínima resistência.

Pedro Velho
Pedro Velho, com pouco menos de 15 mil habitantes,  no destacamento da PM funciona um “mini-presídio”, com 26 detentos.  Os policiais trabalham com coletes balísticos vencidos.  Em Pedro Velho, a alimentação da tropa é paga pela Prefeitura.  São 18 homens ao todo. O ideal seria 30. A delegacia da Polícia Civil (PC) conta 2 agentes por dia.

Serrinha
Com menos de 7 mil habitantes, Serrinha a 80 quilômetros de Natal é outro alvo em potencial de bandidos. Lá, trabalham apenas seis homens da polícia militar e não contam com agentes da PC.

Montanhas
Na cidade de Montanhas, a 95 quilômetros de Natal,  não há agentes da PC e existem apenas dois policiais militares trabalhando por dia em um município de 13 mil habitantes. As condições dos coletes são vencidos. As armas, revólveres calibre 38, são consideradas ultrapassadas. O destacamento se resume a uma antiga farmácia com uma mesa. Em reforma a delegacia  está com as portas fechadas. Tanto a alimentação quanto a viatura são asseguradas pela prefeitura.

Santo Antônio
Além da  deficiência  da PM em Santo Antônio do Salto da Onça, a realidade em que os dois agentes trabalham na delegacia do município não é diferente. As reformas do local estão paradas há oito meses e apenas uma das celas tem condições de abrigar presos. A única viatura está quebrada há mais de um mês sem receber sinais de quando será consertada.

São José de Campestre
 Em São José de Campestre, a 110 quilômetros distante da capital. Com uma população de 12 mil habitantes, existem 6 homens em escala de dois por dia para atender a demanda.

Nova Cruz
O reduto de segurança do Agreste é a cidade de Nova Cruz. Com o 8º Batalhão e a delegacia regional, o município é, de longe, o que apresenta mais condições de combater a criminalidade.

Outras cidades do Agreste
Em cidades como em Várzea, Espírito Santo e Jundiá, nada  é diferente do que situação das outras cidades do Agreste anteriormente citadas, a PM nessas cidades também apresentam deficiências como    equipametos precários e a falta de  efetivo, onde geralmente trabalham apenas dois policiais por dia, o que  compromete a segurança da população.  Os Correios das três cidades já foram assaltados.

Intensificar ações no interior
O delegado geral da Polícia Civil, disse haver um projeto já pronto para se intensificar a presença da PC nas cidades interioranas.

O comandante geral da Polícia Militar no RN, acenou com melhorias de equipamento e efetivo. As últimas turmas estão voltadas para o interior.

Bancos e Correios

Terminais eletrônicos da empresa representaram cinco das seis explosões registradas no Rio Grande do Norte nos três últimos meses.

Em Montanhas e Serrinha não há câmeras de segurança, sensores de presença nem alarmes que contatem a polícia. Em Pedro Velho, vê-se um sensor de presença que aparenta não servir para muita coisa.

As agências dos Correios, que vinham sendo os alvos, parecem ter perdido o páreo para o Bradesco, na disputa de quem oferece menos segurança ao patrimônio.

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