segunda-feira, janeiro 03, 2011

Prefeitura pode fechar Hospital Municipal de Goianinha

A situação do Hospital Municipal de Goianinha vem sendo motivo de preocupações para o prefeito Júnior Rocha, e o quadro é extremamente crítico. Com gestão municipalizada, o hospital não conta com recursos conveniados, e sua única fonte de recursos são oriundos das Autorizações de Internação Hospitalar (AIH), cujo valor mensal não passa dos R$ 5 mil, enquanto que as despesas, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, são da ordem de R$ 194 mil reais por mês.

Classificado como de Urgência e Emergência, o hospital de Goianinha realiza em média cerca de 130 procedimentos diários, ou seja, cerca de 3.900 atendimentos mensais, perfazendo 23.400 atendimentos em seis meses, quantidade superior a população do município que é de 22.393, segundo dados do censo 2010 realizado pelo IBGE. 

Todo esse fluxo tem uma explicação. Pacientes de cidades vizinhas como: Arês, Tibau do Sul, Canguaretama, Espírito Santo e até mesmo Santo Antonio, tem buscado atendimento no hospital, inclusive com utilização de ambulâncias do município de Goianinha. Outro fato que também ocorre com freqüência é o transporte do paciente até o hospital de Goianinha, quando necessita ser encaminhado para Natal, esta transferência ocorre em ambulância do município de Goianinha, e os motivos dessa troca são sempre os mesmos: falta de combustível ou de profissional que acompanhe o doente até o seu destino final. 

Até as obras de duplicação da BR-101, no trecho que compreende Goianinha, também contribui para onerar os custos do hospital. Nos últimos três meses, foram registrados cerca de 40 acidentes, e todos tiveram que ser atendidos pelas equipes de socorristas do município. A própria Polícia Rodoviária Federal, tem conhecimento da estrutura do município na área de saúde, são duas ambulância de suporte avançado, adquiridas com recursos do próprio município, e pessoal qualificado para situações de emergência.

“Infelizmente o Governo Estadual prometeu enviar ambulâncias do Samu metropolitano para o nosso município, e até hoje estas ambulâncias não chegaram, apesar do município já ter assinado convênio e formado profissionais para o serviço”, desabafa o prefeito Júnior Rocha. 

A permanecer essa situação, o prefeito teme que o atendimento no hospital fique comprometido, e seja obrigado a tomar medidas que visem reduzir custos para poder manter a unidade em funcionando.

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