sábado, fevereiro 12, 2011

Comunidades ainda estão vivendo no período das trevas


Con­ti­nua o drama de cen­te­nas de fa­mí­lias que re­si­dem na zona rural de di­ver­sos mu­ni­cí­pios do Rio Gran­de do Norte que con­ti­nuam sem aces­so a ener­gia elé­tri­ca de­pois de no­ti­ciar na se­ma­na pas­sa­da o caso de fa­mí­lias nas co­mu­ni­da­des ru­rais de Apodi, re­ce­be­mos a in­for­ma­ção de mo­ra­do­res da ci­da­de de Paraú, que mo­ra­do­res de co­mu­ni­da­des ru­rais con­ti­nuam vi­ven­do as es­cu­ras por falta de in­te­res­se da Com­pa­nhia Ener­gé­ti­ca do Rio Gran­de do Norte (Co­sern), em rea­li­zar o ser­vi­ço. 

Na co­mu­ni­da­de do Sitio Ria­cho do An­gi­co, o agri­cul­tor, Ter­tu­li­mar Soa­res de Souza disse que con­ti­nua aguar­dan­do a ins­ta­la­ção de ener­gia na­que­la co­mu­ni­da­de. Ele disse que mesmo com toda do­cu­men­ta­ção en­tre­gue a Co­sern con­ti­nua sem rea­li­zar o ser­vi­ço. O pe­di­do de li­ga­ção feito atra­vés do pro­to­co­lo de nº 9000671727, foi feita há vá­rios meses e até agora ne­nhum ex­pli­ca­ção sobre a de­mo­ra na ins­ta­la­ção da rede elé­tri­ca. "É im­pres­sio­nan­te o des­ca­so dos po­de­res pú­bli­cos com re­la­ção a falta de com­pro­mis­so da em­pre­sa res­pon­sá­vel pela ins­ta­la­ção d a rede de ener­gia nas co­mu­ni­da­des ru­rais em re­la­ção à falta de con­si­de­ra­ção e dig­ni­da­de com os mais hu­mil­des. Foi ela­bo­ra­do pelo Go­ver­no Fe­de­ral um pro­gra­ma de­no­mi­na­do "Luz para Todos" que toda po­pu­la­ção de­ve­ria ser con­tem­pla­da com luz elé­tri­ca, mas na prá­ti­ca não é bem assim: Vamos tra­ba­lhar para ter aces­so a esse be­ne­fi­cio", disse o agri­cul­tor.

Ele disse que ou­tras co­mu­ni­da­des de Paraú e tam­bém de mu­ni­cí­pios da re­gião en­fren­ta o mesmo pro­ble­ma re­gis­tra­do na co­mu­ni­da­de de Sitio Ria­cho do An­gi­co.

Ele disse que a falta de ener­gia di­fi­cul­ta a vida da po­pu­la­ção local, tendo em vista que eles ficam ex­cluí­dos do pro­ces­so de de­sen­vol­vi­men­to. "Nós temos que re­cor­rer aos pa­ren­tes que moram em lo­cais que já che­gou à ener­gia para re­sol­ver pro­ble­mas como o ar­ma­ze­na­men­to de co­mi­da em ge­la­dei­ra e até a com­pro­va­ção de re­si­dên­cia. Eu estou sem­pre re­cor­ren­do a minha mãe", acres­cen­tou.

A po­pu­la­ção da co­mu­ni­da­de re­cla­ma que vive as es­cu­ras se mos­tra in­dig­na­da pelo fato de ter luz elé­tri­ca em co­mu­ni­da­des bem pró­xi­mas, e eles con­ti­nua­rem sem ener­gia. Al­guns mo­ra­do­res dis­se­ram que a falta de von­ta­de po­lí­ti­ca, não con­se­gue fazer com que a ener­gia che­gue até suas re­si­dên­cias.

Fonte: Correio da Tarde

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