O aluno aprovado em primeiro lugar no Vestibular 2011 de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Antônio Gomes da Silva Filho, foi desclassificado por fraude. O comunicado foi feito pela vice-reitora da instituição, Maria Ângela Pavam, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (18).
Após denúncias feitas logo após a divulgação do resultado final do certamen, em janeiro, a UFRN montou uma Comissão de Sindicância para investigar os documentos utilizados para benefício do Argumento de Inclusão utilizados tanto por Antônio Gomes como por um outro estudante, Pedro Hugo Alves fontes, que não ficou entre a lista dos 100 convocados em Medicina, mas que também teve a fraude descoberta.
Os dois estudantes já possuiam matrículas na UFRN. Antônio era matriculado no curso de Odontologia desde 2008 e Pedru cursava Ciência & Tecnologia desde ano passado. Para ingresso na instituição, ambos apresentaram históricos de escolas particulares nos vestibulares anteriores.
No entanto, aproveitando-se do benefício do Argumento, aberto para alunos do Supletivo no ano passado, os alunos realizaram matrículas na Educação de Jovens e Adultos em escolas públicas e se apresentaram como tal na inscrição do Vestibular 2011.
"Acontece que ambos tinham ciência do edital do concurso, inclusive do trecho que trata do Argumento de Inclusão. Para ter acesso ao benefício, o aluno precisa ter cursado os três últimos anos do Ensino Fundamental e todo o Ensino Médio em escola pública", explica Ângela Pavam.
Segundo a vice-reitora, a Comissão de Sindicância recomendou o cancelamento do cadastro e da matrícula do candidato Antônio Gomes Filho. "Por infringir o edital, o noss reitor acatou a recomendação da Comissão e eliminou o candidato do concurso", informou Ângela Pavam.
Por esse motivo, o candidato que estava na primeira suplência de Medicina será convocado. "Nós lamentamos o ocorrido, até porque o candidato ficaria dentro das 100 vagas se não tivesse fraudado o certame", disse Pavam.
Já que ambos os candidatos já eram alunos da UFRN, o próximo passo será encaminhar os processos às unidades acadêmicas às quais eles fazem parte. A partir daí, será aberto um Processo Administrativo Disciplinar, que será encaminhado também ao Ministério Público Estadual.
Fonte: No minuto
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