quarta-feira, março 23, 2011

Família acompanha buscas por ossadas de sitionovense Virgilio morto durante o regime militar

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria Naiconal dos Direitos Humanos, disse na tarde desta terça-feira, na porta do Cemitério de Vila Formosa, em São Paulo, que defende a instalação da Comissão Verdade, na Câmara dos Deputados, para investigar possíveis crimes cometidos durante o regime militar no Brasil, mas que isso não significa estar movida por sentimentos de "revanchismo e ódio". Segundo ela, o objetivo da comissão é a "reconciliação nacional".

Defendo a implantação da Comissão Verdade não como revanchismo. O próprio Ministério da Defesa e as Forças Armadas estão coloborando de forma institucional para o sucesso da iniciativa. Não tem revanche ou ódio, pois se isso acontecesse não conseguiriamos mobilizar a sociedade em torno do projeto - disse a ministra, que esteve hoje à tarde no Cemitério de Vila Formosa, onde pesquisadores do Ministério da Justiça e da Procuradoria da República trabalham na busca por ossadas de presos políticos que desapareceram durante o regime militar (1964 a 1985).

Segundo ela, a Comissão Verdade do Brasil pode ser muito semelhante à da África do Sul, que levou o país à reconciliação.

Os trabalhos pela busca de ossadas pode levar à identificação dos restos mortais de pelo menos quatro presos políticos mortos no final da década de 60 e cujos corpos não foram entregues aos familiares até hoje. Entre eles estão os restos mortais de Virgilio Gomes da Silva, o Jonas. Os peritos já recolheram ossadas de vinte corpos em dezembro que são compatíveis com a ossada de Virgilio. Isso não significa, porém, que alguma delas seja a de Virgilio. Apesar dos ossos terem sido recolhidos em dezembro, somente agora começarão a ser examinados pelos peritos. Eles acham que com o apoio da ministra dos Direitos Humanos, o processo de identificação das ossadas possa ser intensificado.

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