segunda-feira, março 14, 2011

Umarizal: Silêncio e medo motivados por onda de crimes tomam conta da população

Recentes crimes acontecidos em Umarizal vêm causando medo e insegurança à população, que diante dos fatos silencia, sem que ninguém arrisque a dar informações à polícia no sentido de ajudar a elucidar os crimes.

Com a nova onda de violência, a cidade faz com que Umarizal passe a figurar como uma das mais violentas dos últimos anos, desbancando municípios como Caraúbas, Apodi e Alexandria.

Somente este ano já foram cometidos 10 assassinatos. Segundo especialistas em violência urbana, é um índice muito alto para um município que tem uma população de pouco mais de 10 mil habitantes.

Crimes insolúveis, eivados de mistérios são cenas frequentes nas estradas do município. Para se ter uma ideia, em menos de um ano já foram registrados mais de 15 homicídios. Em outubro do ano passado a comerciante Maria das Graças Costa, 60 anos, mais conhecida como "Tia Graça", foi executada por dois elementos em uma motocicleta, dentro do seu próprio estabelecimento comercial. Segundo populares a motivação do crime ainda é desconhecida. Após efetuar os disparos, os criminosos fugiram.

A sensação de violência é tão preocupante que as pessoas começam a se proteger com recursos próprios, colocando cercas elétricas, alarmes, rastreadores e assegurando bem móveis e imóveis. Recentemente o sequestro de um empresário, cometido por uma quadrilha, quando a vítima chegava a seu sítio na zona rural, alertou a população para se proteger dos inúmeros assaltos que acontecem no município.

O agricultor Antonio da Silva, que atualmente reside no município de Caraúbas, disse que deixou a cidade de Umarizal, onde nasceu e cresceu, por ter tido seu sítio invadido por assaltantes diversas vezes. Em uma das ocasiões, chegou a ser agredido e ameaçado de morte caso denunciasse o ocorrido.

"Não pude mais conviver com tamanho desrespeito com a minha família. Procurei a polícia, fiz o registro e não passou disso. Até o momento ninguém foi preso", destacou.

A reportagem do jornal O Mossoroense tentou ouvir o prefeito Rogério Fonseca sobre a onda de violência, no entanto seus assessores informaram que não tinham autoridade para fornecer o telefone do gestor público.

Fonte: O Mossoroense

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