quinta-feira, maio 26, 2011

Grossos: População teme que cadeia pública seja transformada em unidade prisional

Reflexo da realidade nacional, em Grossos, a questão da segurança pública vem sendo debatida com mais intensidade e despertando o interesse da sociedade. Furtos e roubos registrados com frequência, aliados à violência explícita, são decorrentes do consumo desenfreado de drogas e bebidas alcoólicas. E o mais preocupante: na maioria dos casos há envolvimento de menores de idade.

O quadro acima ilustra bem o que ocorre em Grossos e chama a atenção das autoridades locais. Na Câmara Municipal já foi tema de audiência pública, mas a população reclama da falta de ações capazes de devolver a paz e a tranquilidade na outrora pacata e ordeira cidade.

Para o presidente da Câmara Municipal de Grossos, vereador Alexander Manoel de Paiva, "Laíres" (PR), existe uma visível preocupação com o que vem ocorrendo. Ele diz que, além dessa questão da insegurança, a população está apreensiva diante dos rumores de que o município poderá sediar uma unidade prisional, para desafogar as cadeias públicas que estão superlotadas no interior do Rio Grande do Norte.

Segundo "Laíres", a cidade não está preparada para receber presos com alto grau de periculosidade, no caso da instalação do minipresídio. "O assunto já foi levado ao plenário da Câmara Municipal e não há unanimidade quanto à aceitação dessa proposta da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social", afirma o edil.

Ele diz ainda que a cadeia existente na cidade, que enfrenta problema de superlotação, já é o suficiente para deixar a população em constante estado de alerta e apreensão. "A preocupação é decorrente do fato de a cadeia local receber presos de outros municípios e não existe um contingente policial compatível com as suas necessidades. De forma que quando a cadeia está guarnecida, a cidade está sem policiamento e vice-versa", comenta "Laíres".

Informações colhidas pela reportagem dão contas que a cadeia de Grossos está se transformando num verdadeiro barril de pólvora, prestes a explodir. As duas celas que compreendem a estrutura da delegacia chegam a comportar até 40 presos, oriundos da própria cidade, e os transferidos de Tibau, Areia Branca e até Mossoró.

O Mossoroense

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