FIQUE SABENDO: Como não terminar ano ‘no vermelho’

Nas vitrines e prateleiras das lojas e nos sites de compra coletiva ou de empresas, muitas são as ofertas e descontos para atrair a clientela. Diante das diversas ofertas e do incentivo ao consumo sem calcular gastos e analisar orçamento, é preciso tomar alguns cuidados para não chegar ao fim do ano com muitas dívidas, e terminar 2011 “no vermelho”.

Para o consumidor que já está endividado, há medidas para tentar pagar as contas e não aumentar as dívidas.

Adriana Martins, professora de educação financeira, vinculada à Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), orienta que as pessoas endividadas façam planejamento para pagar as dívidas com o 13º salário.

“Ele é uma forma de quitar as dívidas. É interessante que essas pessoas coloquem num papel as contas que têm, procurem os credores para parcelar a dívida e vão programando o pagamento delas”, explicou.

Para quem pretende evitar comprar coisas de que não precisa, sobrecarregando o orçamento, Adriana repassa três dicas básicas: “Sempre se pergunte se você precisa comprar o produto; analise se pode pagar por ele e pesquise em pelo menos três lojas para saber se há uma opção mais barata. Se não pode pagar, não pode comprar”, orientou, acrescentando que todos os consumidores deveriam fazer levantamento das contas.

A especialista em educação financeira ressalta que é importante que as pessoas não comprem só porque determinado produto está em promoção. “Não se pode misturar a necessidade com o supérfluo, que pode ser deixado para depois”, disse.

Outra estratégia indicada pela professora é não andar com cartão de crédito na bolsa quando for passear, ir ao shopping, por exemplo. “Olhe, analise, volte para casa, pense se precisa fazer a compra. Porque se a pessoa está no calor do momento, compra, passa o cartão e pronto. Também não é bom andar com talão de cheques”, destacou.
 

Adriana afirma que todo mundo deveria fazer levantamento das contas, e que apesar de muitas pessoas se endividarem muito com o uso do cartão de crédito, ele pode trazer benefícios para quem sabe usar.
 

Para Martins, o cartão de crédito é seguro, ágil e melhor para viagem do que dinheiro. “Para comprar tem que ter planejamento e pagar integralmente a fatura. Nunca pagar o mínimo. O problema é que muitos só querem pagar o mínimo, e como o cartão não é o dinheiro, compra e acha que o dia de pagar não vai chegar. É preciso que a pessoa saiba que tem que ter dinheiro para pagar a dívida. Não pode é fazer conta e no período de pagar não ter dinheiro. Comprando com planejamento é o melhor para controlar as finanças”, esclareceu.

Com informações da repórter Daniele Silveira
Fotos: Ednilto Neves