A nova paralisação grevista dos servidores do Instituto de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte (Emater/RN), motivada
pela quebra de compromisso em relação ao que ficou pactuado e que
resultou no fim da greve anterior, poderá representar um sério dano
financeiro ao Estado.
A projeção foi feita, segunda-feira, durante
entrevista cedida através do programa "Em Marcha para o Campo", de
responsabilidade do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais
do município, na Rádio Princesa do Vale, em Assú, pelo tecnólogo do
escritório local do órgão, José Nélio de Melo.
Ele registrou que,
pelo fato de os profissionais estarem de braços cruzados em razão da
falta de compromisso da administração Rosalba Ciarlini (DEM), o Estado
poderá deixar de operacionalizar alguns programas de grande importância
no setor rural e, em alguns casos, pode ser ameaçado de deixar de
receber recursos com os quais estes programas serão executados.
Segundo
José Nélio, um dos programas que o Rio Grande do Norte pode perder é o
"Compra Direta". O tecnólogo explicou que, como consequência da
paralisação grevista, o programa pode deixar de ser colocado em prática
e, com isto, o Estado deixará de aproveitar uma dotação financeira da
ordem de R$ 5 milhões.
José Nélio foi claro ao dizer que, se o
programa não for realizado, os recursos financeiros retornarão ao
Governo Federal e milhares de pequenos agricultores familiares deixarão
de ser beneficiados de preparado. Em situação semelhante está o programa
Garantia-Safra, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Ele
informou que, apesar de o processo de cadastramento dos agricultores
estar sendo feito por bolsistas em alguns escritórios da Emater/RN, os
dados que necessariamente precisam ser comunicados ao órgão federal, em
Brasília, não serão enviados pelos técnicos da Emater e, desta forma, o
programa igualmente não terá condições de ser colocado em
funcionamento.
DEFLAGRAÇÃO
Os servidores da Emater/RN retomaram a
greve a partir de terça-feira da última semana, dia 4 de outubro. Por
meio de nota oficial veiculada em diversos meios de comunicação, os
trabalhadores informam que a luta deles é para que o Governo do Estado
faça cumprir a Lei Complementar nº 435, do dia 1º de julho de 2010. Esta
lei trata da instituição do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração
(PCCR) dos funcionários da empresa.
Na nota os servidores expressam
que é um momento de extrema decepção, porque todos os servidores do
estado do Rio Grande do Norte procuram apresentar o melhor serviço à
sociedade potiguar dentro do cumprimento da lei que rege os servidores.
Fonte: O Mossoroense
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