O goleiro Roberto causou um grande problema para o Centenário
de Parelhas. Após receber um adiantamento salarial, ele desapareceu dos treinos
da equipe que disputa a Segunda Divisão do Campeonato Estadual e dificultou o
planejamento do clube. Roberto é um goleiro de 21 anos nascido na cidade de
Caraúbas-RN e que já havia atuado por Fortaleza, Baraúnas e Ypiranga-AP.
O dirigente do Centenário, Marcos Nascimento, afirma que
tentou por várias vezes negociar com o atleta, para que o mesmo fizesse a
devolução de parte da quantia, já que o jogador estava com um dinheiro que não
era seu, uma vez que ele não trabalhou o tempo suficiente para receber esse
dinheiro.
No entanto, o atleta se recusou a negociar, falando sempre
que procuraria um advogado ou uma contadora. E, desde o último sábado, não
atende mais qualquer telefone das pessoas ligadas ao Centenário de
Parelhas.
A problemática iniciou na véspera do jogo contra o Caicó, que
aconteceu no dia 25 de setembro. Após perder o horário do ônibus, o goleiro
alegou não ter condições de ir ao treino em Santana do Seridó (10 km de
Parelhas) no seu carro próprio, por não ter recebido um adiantamento. A partir
daí, pressionou a diretoria para receber o dinheiro e conseguiu receber. Como o
técnico Zezinho Mossoró não o relacionou para a partida, devido à falta do
treino, ele ficou de se apresentar ao clube na terça-feira (27).
O jogador deu inúmeras justificativas, para não se apresentar
ao Centenário. Na terça-feira (27), alegou que não viajaria porque o seu carro
estava quebrado. Quando sugerido para viajar de ônibus, Roberto justificou que
seu pai não deixaria ele viajar sozinho para Parelhas. Essa mesma justificativa
foi dada na quarta-feira, quando o carro já estava pronto.
O clube decidiu não esperar mais pela vinda do jogador e
tentou negociar a devolução de parte do dinheiro. No entanto, ele estabeleceu
valores inegociáveis e depois resolveu desligar o aparelho celular.
"O nosso planejamento foi quebrado por conta disso.
Contávamos com ele, para todo o campeonato e ele poderia ter sido mais correto
conosco. Ficamos desamparados, sem poder contratar outro goleiro a tempo e até
mesmo sem dinheiro para isso. E esse é um dos motivos que justifica a gente ter
sofrido sete gols nos últimos dois jogos", salientou o diretor Marcos
Nascimento.
DN Online
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