Mais de 30 mil armas recolhidas em todo o Brasil. Este é o resultado da Campanha
Nacional do Desarmamento 2011, cujo lema é "Tire uma arma do futuro do Brasil".
Operação conjunta das Policias Federal, Militar e Civil, em apenas seis meses o
número de armas recolhidas se aproxima do total entregue na campanha de
2008/2009, que foi de 31,8 mil armas de fogo. No Rio Grande do Norte, desde o
início de 2011 já foram recolhidas 270 armas, uma média de 8,5 armas a cada 100
mil habitantes. com o lançamento da campanha os potiguares quadruplicaram a
entrega de armas. Até abril, haviam sido recolhidas apenas 26 delas.
Com
8,3 mil armas, São Paulo é o estado com maior volume de entregas.
Considerando-se, porém, a relação entre população e armas devolvidas, é o Rio
Grande do Sul que assume a melhor posição na campanha. São 34 armas entregues
por cada grupo de 100 mil habitantes do estado, totalizando 3,6 mil armamentos.
Pernambuco (22,2 armas por 100 mil habitantes), Rio de Janeiro (21 armas por 100
mil), Acre (19,9 armas por 100 mil) e São Paulo (19,7 armas por 100 mil)
completam a lista dos cinco estados com maior número de devoluções.
Desde
2004, as mobilizações foram responsáveis por retirar de circulação cerca de 570
mil armas. A edição iniciada em 2008 foi responsável pela regularização de
outras 500 mil. Já na edição de 2011, metade das armas entregues são revólveres
(15,4 mil), especialmente os de calibre 38. Armas de grande porte, como fuzis
(77), rifles (419), espingardas (4.049), entre outros, representam 20% do
total.
A campanha de 2011 trouxe ainda quatro novidades: o anonimato para
quem entregar a arma; a inutilização imediata do artefato; a ampliação da rede
de recolhimento de armas; e a agilidade no pagamento da indenização, que pode
ser sacada após 24 horas e em até 30 dias. Cada arma dá direito a indenização de
R$ 100, R$ 200 ou R$ 300. O valor pago em indenizações até o momento chega a R$
2,8 milhões.
Acordos de cooperação com 21 estados da federação permitiram
o cadastro de 1.856 postos de recolhimentoespalhados pelo país. Em todo o RN,
são contabilizados 28 postos de entrega, desde instituições das polícias
envolvidas até Centrais do Cidadão.
As armas recolhidas são identificadas
e se não houver necessidade de perícia, destruídas. No mês passado, o Ministério
da Justiça assinou com Ministério da Defesa e o Conselho Nacional de Justiça,
acordo para viabilizar a destruição de armas que estão sob a guarda de fóruns e
tribunais em todo o país. Estima-se que o total chegue a 700 mil, incluindo
armas brancas.
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