segunda-feira, novembro 21, 2011

Gente saúde é coisa séria e tem que ser respeitada



Dormir de olho aberto é mais que uma expressão popular para Luênia Aparecida Soares, de apenas quatro meses, que sofre nesse pouco tempo de vida as consequências de uma hidrocefalia em grau máximo. Sua cabeça tem 50 centímetros, quando na verdade deveria ter no máximo 42. Devido ao acelerado desenvolvimento do crânio, a pele esticou e a criança não consegue mais fechar os olhos. Luênia dorme literalmente de olho aberto. A mãe sabe que a filha está dormindo porque ela fica quieta, o que não é muito comum. O choro é frequente.

O bebê espera por uma neurocirurgia pediátrica, que por falta de estrutura não é mais realizada no Hospital Infantil Varela Santiago. O Hospital Maria Alice Fernandes (referência no atendimento infantil) foi a saída encontrada pelo Estado para o problema. Mas os neurocirurgiões da unidade pediram demissão e ainda não há previsão para o retorno dos procedimentos. Enquanto o Governo do Estado não resolve o impasse, a cabeça de Luênia chegou a crescer um centímetro em apenas 24 horas. Antes mesmo de Luênia nascer, a mãe Marileide Serafim Soares, 33 anos, já sabia que ela teria hidrocefalia. A doença foi apontada na ultrassonografia e seria o segundo caso na família com má formação. “Assim que ela nasceu a cabeça dela não era grande. Mas com o tempo foi crescendo. Já fiz todos os exames para cirurgia e ainda não consegui fazer”, explicou. Marileide, que é casada com um primo, já tinha dois filhos e um deles sofre com uma deficiência física.

Fonte: dnonline

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