sexta-feira, novembro 25, 2011

Ministério Público não requisitou prisão de Iberê e Wilma alegando que não obteve provas de recebimento de propinas


O Ministério Público do Estado promoveu uma coletiva com a imprensa, no final da tarde desta quinta-feira (24).  O Procurador-Geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, afirmou que o alvo da Operação Sinal Fechado era desorganizar a quadrilha que atuava no Estado extorquindo a população. "A fraude tinha tentáculos em outras unidades da federação. Com a Operação Sinal Fechado, combatemos a corrupção instalada de maneira evidente no Detran/RN", disse. 

E o promotor de Defesa do Patrimônio Público, Eudo Rodrigues Leite, afirmou que a Justiça aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos envolvidos no processo fraudulento. "Interrogamos dois presos na tarde de hoje (ontem) e eles confirmaram a participação dos ex-governadores Wilma de Faria e Iberê Ferreira de Souza no processo de corrupção". Eudo afirmou, ainda, que o empresário Gilmar da Montana, detalhou durante o depoimento, que tanto Wilma de Faria quanto Iberê Ferreira, receberiam 15% dos lucros futuros da empresa GO Desenvolvimento de Negócios. O suplente de senador João Faustino e o próprio Gilmar, receberiam 10% cada.

Questionado porque o Ministério Público não solicitou à Justiça a prisão dos ex-governadores Wilma de Faria e Iberê Ferreira de Souza, Eudo disse que não foram obtidas provas do recebimento de propinas. "Não tínhamos requisitos técnicos que embasassem o pedido de prisão preventiva ou temporária. Dificilmente, se encontrariam provas contra a ex-governadora Wilma de Faria. A fraude no Detran começou em 2008", destacou Eudo Rodrigues Leite.
 

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