quarta-feira, março 10, 2010

Caraúbas

A juíza da Comarca de Caraúbas, Ilná Rosado Feijão, antecipou no final da tarde de ontem parecer sobre o processo que pedia a cassação do mandato do prefeito Ademar Ferreira da Silva (PSB), acusado de compra de votos pela coligação que deu sustentação ao nome do ex-prefeito Eugênio Alves (PR). Em sua decisão, a juíza considerou improcedente a denúncia contra o atual prefeito. O parecer da juíza diz respeito ao caso da denúncia envolvendo a acadêmica de Direito Afra Kaliane, que teria entregue à Justiça quantia de R$ 3.000,00 em dinheiro e um DVD, no qual apareceria o sobrinho do prefeito Ademar Ferreira, Ademur Ferreira Filho, o Ferreirinha, negociando a compra de votos da estudante e seus familiares.


O promotor de justiça de Caraúbas, Sávio Porto, disse que vai analisar o parecer na juíza e amanhã deverá se pronunciar sobre o caso.

As decisões em outros processos pendentes deverão ser anunciadas até o próximo dia 19, data prevista anteriormente pela juíza para apresentar seu parecer sobre as ações relacionadas à campanha eleitoral de 2008.

Tido como uma das eleições mais acirradas do interior do Rio grande do Norte, o pleito 2008 em Caraúbas foi marcado por uma série de denúncias de compra de votos por parte das duas coligações, comandadas pelo ex-prefeito Eugênio Alves (PR) e o atual prefeito, Ademar Ferreira (PSB).

A população vem exigindo da Justiça mais agilidade na apresentação de respostas para denúncias contra esse tipo de crime. Os representantes do Judiciário alegam as constantes mudanças de juízes que atingem toda a região, impedido o andamento mais rápido de processos judiciais movidos no período das eleições. Apesar das dificuldades, a juíza Ilná Rosado Feijão tem se esforçado para avaliar todos os processos e apresentar um parecer sobre cada um deles. A magistrada deverá se pronunciar ainda sobre denúncias ligadas ao suposto uso da máquina administrativa em favor da campanha do ex-prefeito Eugênio Alves, assim com outros processos que envolvem o abuso de poder econômico por parte do prefeito Ademar Ferreira.

Contra Eugênio também pesam suspeitas de manipulação de concurso público municipal e uso de casas como moeda para aquisição de votos.

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