terça-feira, abril 06, 2010

Carnaubais

O assunto sobre a briga pelos royalties dos campos de petróleo situados na divisa com o município de Assú, já virou polêmica e pode colocar em risco até o Consórcio Intergestores Vale Unido (G-12), que tem os prefeitos Luizinho Cavalcante (Carnaubais) e Ivan Junior (Assú) como principais articuladores.

Diante do quadro de indefinição que se arrasta na Justiça há anos, a sociedade Carnaubense, motivada pela Câmara de Vereadores e pelo poder Executivo, decidiu realizar uma manifestação amanhã, às 7h, na RN-016, que deve durar entre duas e três horas.

"É inaceitável ver nossas riquezas sendo levadas de forma espúria para o município vizinho", reclama o vereador Marcos Cavalcante, um dos idealizadores do manifesto. Segundo ele, todos os mapas geográficos e demais documentos oficiais comprovam que a divisa entre Carnaubais e Assú fica na fazenda Poço Verde.

Em Audiência Pública realizada semana passada na Câmara Municipal, o diretor de base territorial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Orlando Batista de Vasconcelos, afirmou que as terras em questão (Mutambinha e Vila Nova) pertencem a Carnaubais.

De acordo com o vereador, a prefeitura de Carnaubais vem mantendo, há 46 anos, todas as políticas públicas nas áreas de saúde, educação, transporte e assistência social para as famílias dessas comunidades. "Não podemos perder para Assú aproximadamente R$ 150 mil todo mês, recursos que poderiam estar ajudando no desenvolvimento desses povoados onde se encontram os poços e a Estação Coletora Estreito-B", complementa Marcos.

O vereador Wanderlei Mendes, que assume a coordenação do movimento de amanhã disse que a determinação das lideranças de Carnaubais é de lutar contra a redução de suas fronteiras e resistir contra a evasão de suas riquezas. "Respeitamos o povo-irmão açuense, entendemos seus interesses, mas não podemos pagar esse preço nem aceitar tal prejuízo financeiro. Sentindo-nos prejudicados, tentamos o caminho do diálogo, todavia, não foi possível chegarmos a um entendimento", concluiu o vereador.

Fonte: Jornal de Fato

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