José Agripino X Dilma no Jornal 96

Agripino não perdoá governo pelas perdas no RN

“Eu não perdôo o Governo por ter levado a refinaria para Pernambuco. O Rio Grande do Norte é a sede da exploração de petróleo do Nordeste, em terra e em mar, como antes era a Bahia. Era aqui que a refinaria deveria estar, em Guamaré e ao invés disso, nos deram um arremedo, levando para outro estado. Esse é um bem que se foi e que nunca mais conseguiremos recuperar”, destaca o senador.

Em tom critico, José Agripino afirmou que o Rio Grande do Norte é excluído de obras que beneficiam o desenvolvimento. “O Rio Grande do Norte tem sido uma espécie de filho enjeitado da República”, frisa o senador. 


. “Eu destinei recursos através de emendas coletivas para obras de infraestrutura como a construção da Barragem de Oiticica, que está há mais de cinco anos na lista de prioridades e poderia estar evitando cheias no Vale do Açu, que prejudicam as plantações de frutas e a produção de camarão. O que eu critico é que eu coloco essas obras como minha prioridade e o Governo não aprova”, explica. 


Dilma ironiza críticas de José Agripino 

"Se o senador José Agripino achava tão importante a Transnordestina, ele deveria ter construído pelo menos 1 km da ferrovia no Nordeste". A declaração, em tom irônico, foi feita pela ex-ministra Dilma Rousseff, quando indagada durante a entrevista ao Jornal 96, da 96 FM, e à TV Nominuto, o que ela achava da declaração do senador José Agripino (DEM) de que não perdoava o Governo Federal por obras que não vieram para o Rio Grande do Norte.

"Nós do Governo Lula fizemos. O Brasil vai voltar a ter ferrovias e aqui no Rio Grande do Norte tem que chegar a partir do Ceará, ou de Pernambuco. Será um dos centros para o qual convergirá essa ferrovia, mas isso é um processo", acrescentou.

Dilma falou que a ligação da Transnordestina com o resto do Nordeste se dará nas outras etapas. "O senador José Agripino disse que vai fazer, mas nunca fez", enfatisou.

Quanto à barragem de Oiticica, Dilma também foi enfática contra as críticas do "democrata" e disse que a obra foi incluída no PAC II, com as verbas do Governo Federal e não através das verbas do senador José Agripino.