quinta-feira, outubro 28, 2010

Energia eólica será uma realidade breve na Serra de Santana

O Rio Grande do Norte já começa a ganhar novas paisagens em forma de "cataventos" gigantes que no horizonte enchem os olhos de quem pega a estrada em direção a Rio do Fogo, município potiguar a 81km da capital. São geradores de energia, movidos pelo vento, que também fazem girar as esperanças em torno de uma nova indústria, de pelo menos 30 mil novos empregos e de R$ 9 bilhões em investimentos para o Estado até 2013. 
Há lições de casa a fazer, no entanto, para viabilizar os projetos desenhados para alavancar esses números e o Rio Grande do Norte está atrasado em relação a algumas delas. Engenheiros, investidores e gestores privados enumeram que desafios são esses, dão dicas de como vencê-los e alertam que em parte deles os vizinhos cearenses, que junto com o RN deverão morder a maior fatia do bolo de investimentos prometido com as eólicas no país, já estão na frente.
O Rio Grande do Norte e o Ceará oferecem ventos com velocidade e constância e deverão se beneficiar como nenhum outro Estado com a expansão do setor que usa essa "matéria-prima" para gerar energia. Os projetos de geração vêm ganhando corpo principalmente a partir dos leilões federais realizados em 2009 e neste ano. Os leilões asseguraram a celebração de contratos de fornecimento de longo prazo, uma garantia que deverá ajudar a tirar do papel centenas de projetos. Só no RN, cerca de 70 novos parques serão implantados, com potência instalada somada de 1.721,6 Megawatts (MW), o que significa 25 vezes mais o que há atualmente em operação. Alguns desses parques do Estado também serão edificados em Lagoa Nova. A cidade aguarda ansiosa, o prefeito comemora o investimento e o progresso e as firmas já estão prevendo uma alta estação de empregos no município que hoje tem pouco mais de 13 mil habitantes. Para alguns empresários do setor eólico que já visitam a cidade, deverá faltar mesmo é mão de obra para tantos investimentos que chegarão a partir de 2011.
Em conversa com o prefeito Erivan Costa, existe uma expectativa de que a cidade fique sem leitos para hospedagem, já que o número atual de pousadas é pequeno para a demanda que se anuncia. Só para se ter uma ideia maior do investimento eólico, de lanterninha, no ranking dos quatro principais produtores do país, o Estado do Rio Grande do Norte deverá assumir a primeira posição.

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