segunda-feira, agosto 15, 2011

Trabalhadores de pedreiras de Baraúna protestam na RN-015


Na manhã de hoje (15), trabalhadores e proprietários de dez pedreiras de Baraúna queimaram pneus, galhos de árvores e expuseram faixas na RN-015 (especificamente no sítio Campestre), que liga esse município a Mossoró, para impedir o fluxo de veículos na via. Eles têm dois objetivos: protestar contra o Idema e chamar a atenção do Governo do Estado.

O movimento começou por volta das 5h; pouco depois das 7h, a Polícia Militar foi ao local para tirar o bloqueio. A via está liberada, mas o protesto continua, avisam os pedreiros.

Segundo os trabalhadores, as pedreiras trabalham há mais de vinte anos em terrenos que, embora próprios, não tinham documentação. Agora, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) concedeu a empresa cearense Itamil uma espécie de direito de uso dessa terra.
As empresas baraunenses, então, foram expulsas do espaço onde produziam principalmente material para construção civil e cal. Pior: dessa atividade, dependem diretamente mais de 200 famílias da região Oeste. São mais de cinco mil trabalhadores potiguares ligados a essa indústria de forma indireta.

“O Governo precisa fazer alguma coisa. Só agora eles passaram a exigir a documentação, foi aí que a gente começou a dar entrada no Idema. Mas a licença demora demais para sair. Eu, por exemplo, solicitei há mais de um ano e ainda não recebi”, conta José Edson Campos, dono da Pedreira Campestre e um dois organizadores do movimento.

Campos enfatiza o fato de que a terra não foi ocupada pelos trabalhadores e empresas de Baraúna: “O terreno é pago, aqui não se trata de sem terra. Apenas a documentação que demora a chegar. Por isso, estamos sendo impedidos de trabalhar nas nossas próprias terras”.

O Idema, por intermédio da assessoria de imprensa, disse a O MOSSOROENSE que irá discutir o assunto com a direção para se pronunciar sobre o caso.


Mais informações amanhã (16), na edição impressa do jornal O MOSSOROENSE.

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