terça-feira, setembro 06, 2011

Mossoró: Conselheiro Tutelar sofre ameaça e pede proteção


Uma ameaça de morte através de uma carta anônima produzida com recorte de jornais e a seguinte frase: ‘Tiroteio o seu dia já está chegando violência tiroteio’, foi direcionada ao conselheiro tutelar da 34ª Zona de Mossoró, Flávio Roberto de Oliveira Duarte, 26 anos. O caso foi registrado na manhã deste domingo, 04, na sede do Conselho Tutelar de Mossoró, localizada no Centro.

Segundo a própria vítima da ameaça, Flávio Roberto, que trabalha como conselheiro tutelar há três anos, eram 9h da manhã de domingo, quando ele atuava no plantão, em companhia de mais cinco pessoas que também davam expediente na entidade, quando a carta foi entregue pela recepcionista.

“Quando eu abri o envelope e li o conteúdo da carta, fiquei desesperado e confesso que cheguei encher os olhos de lágrimas”, relatou.

Flávio conta que ao ler a frase se sentiu completamente impotente diante da ameaça de morte, ao mesmo tempo em que se deu conta do quanto ele e todos os demais conselheiros tutelares que atuam em Mossoró estão vulneráveis à violência.

“Aqui não temos qualquer tipo de segurança e podemos sofrer agressão a qualquer momento”, ressaltou.

Após a ameaça, Flávio foi até a Delegacia de Polícia Civil de Plantão (DPC) para fazer um Boletim de Ocorrência (BO). Na manhã de hoje, 05, enviou vários ofícios à Secretaria Municipal de Administração, ao Ministério Público e ao Juizado da Infância e Juventude solicitando segurança para sede do Conselho Tutelar, local tomado como base à ameaça de morte sofrida por ele.

Flávio confessa que a falta de segurança e o medo após ter sido ameaçado de morte o levou a pensar em renunciar o cargo. “Eu pensei em renunciar e não descarto essa possibilidade se providências não forem adotadas. Infelizmente exercemos uma função que nos deixa vulneráveis a qualquer tipo de violência”, acrescentou. Flávio conta ainda que essa foi a terceira vez que sofreu ameaça de morte.


Quanto à motivação da ameaça sofrida ontem, via carta anônima, Flávio diz não ter como fazer uma relação, pois diariamente lida com situações delicadas e por isso fica difícil atribuir a autoria a alguém. Porém, frisa que tem uma postura muito severa e isso pode ser um agravante.

“Eu costumo ser muito duro nas cobranças as providências e punições para quem desrespeita os direitos das crianças e adolescentes, e acredito que esse meu jeito de ser pode ter contribuído para que isto acontecesse”, concluiu.

Fonte: Gazeta do Oeste



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