Às vésperas de completar cinco meses do assassinato do advogado Anderson Miguel (foto),
executado a tiros no dia 1º de junho, a Secretaria da Segurança Pública
e da Defesa Social enfim admitiu que a morte do chamado homem-bomba da
Operação Hígia em nada tem a ver com o escândalo de corrupção que abalou
os alicerces do governo Wilma de Faria.
Além de descartar tal possibilidade, o secretário adjunto da Sesed, Silva Júnior, trouxe à tona, em entrevista exclusividade ao NOVO JORNAL,
que as investigações podem levar para a cadeia, ainda este ano, pelo
menos quatro pessoas envolvidas diretamente na execução do crime. “O
homem que puxou o gatilho e mais três pessoas que teriam participado da
trama”, afirmou Silva Júnior.
Os nomes dos suspeitos, em razão do segredo de justiça, não foram
divulgados. “Neste exato momento, inclusive, temos quatro agentes
trabalhando na apuração de informações que estão no exterior.
A quebra de dados sigilosos nos levou para fora do país. Por isso a
demora em conseguir algumas provas. Mesmo assim, já conseguimos
confirmar algumas evidências”, acrescentou o adjunto.
Apesar da insistência da reportagem, Silva Júnior não disse que dados
foram quebrados e a quem eles pertencem, ou seja, se seriam informações
bancárias dos suspeitos ou do próprio Anderson Miguel.
Com relação à Operação Hígia, ação deflagrada pela Polícia Federal no
dia 12 de junho de 2008, o adjunto da Sesed foi enfático. “Tentaram nos
fazer crer que sim. Mas já sabemos que a morte não teve nada a ver com a
operação”, deixou claro.
Embora tenha desconsiderado a possibilidade de os mandantes estarem
ligados ao esquema de corrupção, Silva Júnior preferiu não adiantar mais
nada. A reportagem insistiu bastante no assunto. Chegou até a enumerar
algumas prováveis motivações, mas Silva Júnior se esquivou. “No tempo
certo toda a sociedade terá estas respostas”, concluiu.
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