O Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE)
entrou na tarde desta quinta-feira (27) com uma ação civil pública que pede a
anulação da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o Brasil, ou
então solicitando a anulação de 14 questões iguais às do exame divulgadas em
material do colégio Christus, de Fortaleza, dias antes da prova realizada no
último fim de semana.
Na ação, o procurador federal no Ceará, Oscar
Costa Filho, pediu ainda a suspensão da medida do Ministério da Educação (MEC)
que anula o Enem para 639 alunos do colégio Christus. A ação civil pública foi
protocolada no fim desta tarde na Justiça Federal no Ceará.
“Esses 639 competem igualmente com candidatos
de todo o país, indenpendente da base territorial. Essas seriam as formas de
manter a isonomia entre todos os alunos do Brasil”, diz o procurador.
Para Oscar Costa Filho, “querem resolver de
forma local um problema nacional”. “Essa decisão [de anular as provas dos
estudantes do Chritus] não podia ser pior. É uma decisão que reconhece a quebra
de isonomia e aumenta ainda mais a gravidade da isonomia”, avalia o
procurador.
Segundo Oscar Costa Filho, o “vício” está na
prova do Enem, e não nos alunos da escola de Fortaleza. “Há alunos da escola que
não tiveram acesso ao material. E também alunos de outras escolas que
compartilharam das questões iguais às do Enem.”
Ainda conforme o procurador, o diretor da
escola Christus teria informado que alunos de cursinho da escola também tiveram
acesso ao material com as questões do Enem. Costa Filho diz também que a escola
não tem controle de quantos e quais alunos dos cursinhos fizeram uso das
cartilhas com questões semelhantes às do Exame Nacional do Ensino Médio.
Fonte: G1.com
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