De acordo com o delegado Odilon Teodósio dos Santos, que ontem deixou a Delegacia de Narcóticos de Natal
(Denarc) e se transferiu para Divisão de Polícia do Oeste (Divipoe), com sede em
Mossoró. A facção criminosa nascida nos presídios de São Paulo
mantém contatos com cerca de 15 a 20 traficantes internos das penitenciárias
estaduais de Alcaçuz, em Nísia Floresta, e de Parnamirim (PEP).
"Esses
traficantes são pessoas de confiança do PCC. É claro que a droga não é entregue
a eles, até porque estão presos. Mas são enviadas a prepostos, que ficam
encarregados de fracionar o material, distribuí-lo e arrecadar o dinheiro
apurado, que é depositado em contas bancárias de 'laranjas' do PCC", explicou
Odilon Teodósio.
A preferência do PCC por esses "contatos" dentro dos
presídios do Rio Grande do Norte e de todo o país se dá por um motivo simples:
como esses traficantes já estão presos, são facilmente localizados caso algo dê
errado. "É uma relação de confiança. E se por acaso essa confiança for quebrada,
os 'infratores' são sumariamente executados, conforme o 'código' deles", resumiu
o delegado.
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