O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (25) que estuda a
possibilidade de substituir a vacina em gotas contra a paralisia
infantil (poliomielite) pela vacina com injeção.
Conhecida pela popular campanha do personagem Zé Gotinha, a vacina
Sabin, aplicada via oral, pode ser trocada pela Salk, aplicada dentro do
músculo.
De acordo com o ministério, a vacina injetada é mais segura porque ela é
feita com o vírus morto. Na vacina da gotinha, que usa o vírus ainda
vivo, existe a possibilidade, ainda que muito baixa, de o vírus ser
reativado dentro do organismo e desenvolver a paralisia na criança.
O ministério ainda não definiu uma data para implementar a nova vacina, que deve se estender por todo país.
A assessoria do ministério explicou que, segundo recomenda a
Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina injetada só deve ser
adotada quando a poliomielite for erradicada no mundo inteiro.
Segundo o ministério, o vírus ainda é ativo em 26 países no mundo. O Brasil erradicou a doença há 20 anos.
O estudo que está sendo feito pelo ministério leva em consideração
questões técnicas e operacionais e avalia a capacidade de produção e
distribuição na vacina Salk em escala nacional.
Em nota, o ministério informou que especialistas “avaliam a tecnologia,
custo benefício, custo efetividade, além do impacto epidemiológico,
imunológico e logístico”.
Do G1
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